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Deputados da oposição são agredidos em Caracas

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CARACAS — O deputado Julio Borges foi agredido junto com outros parlamentares nesta quinta-feira quando tentava entrar no Conselho Nacional Eleitoral. Borges fazia parte de um grupo de 60 deputados que foi ao órgão eleitoral exigir agilidade na validação das assinaturas para o referendo revocatório. Mas eles foram retirados à força. Segundo algumas versões, os agressores eram simpatiantes chavistas. Outros apontavam para a ação de policiais e de membros da Guarda Nacional Bolivariana (GNB).

Fotos no Twitter mostram Borges com o rosto ensanguentado. Outro deputado, Alfonso Marquina, também foi agredido.

— Estamos no CNE exigindo o referendo. Vários deputados foram agredidos e a Guarda Nacional Bolivariana não fez nada — disse Juan Guaidó.

O confronto ocorreu num dia em que tanto manifestações de grupos pró-governo quanto da oposição estavam marcados. A Suprema Corte venezuelana proibiu protestos perto de órgãos públicos, alegando medidas de segurança.

Policiais e militares formaram um cordão de isolamento diante da sede do CNE, impedindo a passagem dos deputados, que eram acompanhados por dezenas de pessoas. A situação ficou tensa com a chegada de um grupo de chavistas, e bombas de gás lacrimogêneo foram lançadas para dispersar os manifestantes.

Houve confronto e manifestantes pró-governo agrediram com um pedaço de madeira Borges, chefe da bancada da Mesa de Unidade Democrática (MUD), que se refugiou na sede administrativa da Assembleia Legislativa, perto do CNE.

A oposição acusa o governo de tentar atrasar o processo revogatória. Se o referendo for feito este ano e o presidente Nicolás Maduro perder, uma nova eleição presidencial deverá ocorrer. Mas se a votação ficar para o próximo ano e Maduro perder, o vice-presidente assume.

— Revogatório já! — gritavam os opositores.

— Vai cair. Essa assembleia vai cair — respondiam os chavistas.

Em outro ponto da cidade, na Plaza Venezuela, estudantes estavam concentrados para a passeata até o CNE.


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