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Cerca de 3 mil crianças vivem em campo de refugiados sitiado por forças sírias

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DAMASCO — Cerca de 3 mil crianças refugiadas estão presas em uma cidade sitiada por forças do regime sírio perto de Damasco. Cercada nos últimos dias em uma ofensiva ao controle de grupos rebeldes, Khan Eshieh abriga um grande campo de refugiados palestinos com milhares de pessoas. A escalada de tensões na região já levou à morte de três pessoas — atingidas por tiros enquanto tentavam escapar dos bombardeios no assentamento.

Desde a década de 1940, mais de 20 mil palestinos já chegaram a Khan Eshieh para viver na cidade. Lá, eles costumam trabalhar como professores, funcionários públicos ou trabalhadores rurais. No entanto, o controle de grupos de oposição levou à intensificação dos conflitos e dos bombardeios na região. Com isso, a população já caiu para 12 mil pessoas — das quais cerca de um quarto são crianças.

Há relatos de bombardeios na última quinta-feira, quando cinco helicópteros teriam descarregado mais de 20 bombas na cidade. Desde 2013, todas as principais estradas entre o campo de refugiados local e a cidade de Damasco festão fechadas e sob o controle de postos militares.

Acredita-se que o campo de refugiados tenha apenas um médico e um dentista. Faltam remédios, equipamentos e eletricidade para cuidar dos pacientes. Os moradores locais dizem que precisam urgentemente de um sistema de purificação da água para reduzir o risco de doenças.

Os novos episódios de violência agravam o drama humanitário do território sírio, que vive uma guerra civil há cinco anos. Apesar das tentativas internacionais de negociação de paz, o país continua a ser assolado por bombardeios e condições precárias que desafiam a sobrevivência da população.

— Apesar do suposto cessar-fogo no país, as pessoas vivem sob o terror do cerco e dos bombardeios. As pessoas de Khan Eshieh nos dizem que a maioria dos remédios, combustíveis e farinha já quase acabou e os preços dos alimentos dobraram nos últimos dias — disse Sonia Khush, diretora da ONG Save The Children na Síria, ao jornal “The Independent”.


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