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Brasil busca 19 migrantes desaparecidos nas Bahamas; governo teme naufrágio

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Dezenove brasileiros foram reportados como desaparecidos no arquipélago das Bahamas, onde teriam embarcado para entrar ilegalmente nos Estados Unidos, informou o governo brasileiro nesta segunda-feira.

“A suspeita é de que os brasileiros viajaram em uma embarcação que teria naufragado na travessia das Bahamas, no Caribe, para os Estados Unidos, país onde entrariam ilegalmente”, informou o Portal Brasil, canal de notícias e informações oficiais.

As famílias não conseguem estabelecer contato com eles desde 6 de novembro, segundo o ministério das Relações Exteriores, que oficialmente “não confirma que os brasileiros tenham entrado no barco para a travessia”, acrescenta a nota.

Os meios de comunicação brasileiros afirmam que “dezenas de pessoas” viajavam na embarcação.

“A embaixada brasileira em Nassau, nas Bahamas, e o consulado do Brasil em Miami, nos Estados Unidos, estão em contato com familiares e as autoridades caribenhas e norte-americanas na tentativa de localizar os desaparecidos”, indica a nota.

A chancelaria não descarta que os brasileiros possam estar presos, mas afirma não ter informações a respeito, conclui.

As famílias de dois dos imigrantes brasileiros que o Itamaraty tenta localizar se recusam a falar sobre o caso. Elas têm medo dos coiotes, como são conhecidos os intermediários que cobram para levar, sempre de forma ilegal, quem encontra dificuldades em chegar aos Estados Unidos pelas vias normais, depois de conseguir visto e comprar passagem para o país.

As duas famílias são de Sardoá, município de 6 mil habitantes na região leste de Minas, a 335 quilômetros de Belo Horizonte. Os moradores da cidade que estavam no grupo que desapareceu são Marcio Pinheiro de Souza e Renato Soares de Araújo, ambos com família na zona rural do município.

Conforme conhecidos de ambos ouvidos pela reportagem, a família evitou contato até com a Polícia Militar. Os parentes teriam acionado a prefeitura, o que foi negado pela secretária Municipal de Educação, que já foi responsável pela pasta de Assistência Social, Nalmim Santiago. “Não temos detalhes sobre o assunto”, afirmou ela.

Os coiotes são conhecidos pela forma truculenta com que tratam os “clientes”. Exigem silêncio e têm por método ameaçar familiares de quem foi levado para os Estados Unidos e que permanecem na cidade de origem – para casos, por exemplo, de falta de pagamento. É comum os atravessadores financiarem toda a viagem de quem busca pelos seus serviços e receber depois que o imigrante já se instalou e conseguiu trabalho nos Estados Unidos.

O caminho geralmente utilizado pelos imigrantes com a ajuda dos coiotes é pelo México. Na região leste de Minas, que tem Governador Valadares como a principal cidade, é difícil encontrar pessoas que não tenham ao menos um parente que viva ou já viveu legal ou ilegalmente nos Estados Unidos.

Essa movimentação teve início na década de 1980 e se espalhou por toda a região, em cidades menores como Alpercata, Frei Inocêncio e Sardoá. O fluxo aumenta ou diminui conforme o câmbio, mas nunca foi interrompido durante todos esses anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte Isto É


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