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Argentina propõe solução de ‘comum acordo’ com Venezuela

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WASHINGTON — A Argentina, presidente temporária do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), tenta, nesta quarta-feira, aprovar um plano alternativo para enfrentar a situação política na Venezuela. A ideia da Casa Rosada é propor algo em comum acordo com o governo de Caracas, o que contrasta com o projeto apresentado ontem pelo secretário-geral da entidade, Luis Almagro, que quer evocar a Carta Democrática contra o país e pediu uma reunião entre os dias 10 e 20 de junho.

De acordo com a proposta argentina — que tem o apoio dos Estados Unidos, Barbados, Honduras, México e Peru — a OEA faria um “oferecimento fraterno” à Venezuela “de comum acordo” para uma ação que busque soluções em um “diálogo aberto e inclusivo” dos diversos atores políticos e sociais do país. A reunião do Conselho Permanente, prevista para começar às 10h de Washington (11h no Rio) estava atrasada e não tinha previsão de horário para ser concluída.

A proposta ainda respalda a atuação de três ex-presidentes — José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Leonel Fernández (República Dominicana) e Martín Torrijos (Panamá) — que tentam estabelecer um diálogo entre o governo e a oposição venezuelanos. A medida prevê também uma coordenação com outras frentes de negociação que estão surgindo.

Almagro, por sua vez, evocou a Carta Democrática, indicando que vê uma “alteração constitucional” que ameaça a democracia na Venezuela. Foi a primeira vez que um secretário-geral da OEA evocou o documento. Segundo a sua proposta, os países precisam aprovar novas gestões diplomáticas e, caso isso não dê resultados, uma assembleia da OEA poderia decidir pela suspensão do país do organismo continental.


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