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Aos 5 anos, segunda criança morre por escassez em hospitais na Venezuela

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CARACAS — A crise humanitária teve mais uma vítima criança pela falta de suprimentos médicos na Venezuela. Com apenas 5 anos, Isaac Marín ficou um mês sem receber o tratamento de diálise necessário à sua sobrevivência porque os hospitais não tinham um cateter permanente do tamanho adequado. Este é o segundo caso de morte infantil que comove os venezuelanos em poucos dias enquanto o país enfrenta uma série de dificuldades na vida diária.

Segundo a mãe de Isaac, María Marín, de 20 anos, os rins do menino pararam de funcionar há seis meses. Ele foi diagnosticado com uma síndrome congênita que afeta o aparelho urinário por causa da ausência de músculos abdominais e se mudou para a capital venezuelana na tentativa de obter o tratamento necessário.

Há um mês, os médicos alertaram que Isaac precisava de um cateter específico inexistente no país. Até então, ele havia recebido sessões de diálise com um equipamento inadequado, porém capaz de mantê-lo vivo. No entanto, uma parada cardíaca obrigou a equipe médica a desistir deste tratamento.

— Não responsabilizo nem ao hospital nem ao médio que colocou o cateter. Ele tinha uma condição crônica e isso é uma bomba relógio. Mas sei que, se Isaac tivesse à disposição o seu cateter quando precisou, o destindo do meu filho teria sido diferente — disse María em entrevista ao “El Nacional”.

Segundo disseram ONGs locais ao jornal venezuelano, os transplantes de órgãos estão paralisados porque não há as substâncias necessárias para fazer os exames de compatibilidade entre os pacientes.

Na semana passada, o falecimento de um menino de apenas 9 anos causou comoção na Venezuela. Em mais um retrato da crise humanitária no país, Oliver Sánchez não resistiu a um grave tipo de linfoma pela falta de suprimentos médicos.

Uma foto em que Oliver fazia um pedido de ajuda em frente a um batalhão policial viralizou nas redes sociais.

“Quero me curar. Paz. Saúde”, dizia um cartaz levado por Oliver a um protesto em Caracas, ao lado do desenho de uma seringa e de um pacote de remédio com linhas infantis. A imagem foi compartilhada entre os venezuelanos como um novo símbolo do drama vivido pelo país.


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