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Academia miliar dos EUA investiga cadetes negras que posaram com punho levantado

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NOVA YORK — A renomada Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, abriu uma investigação após 16 estudantes negras posarem com o punho levantado em uma foto, anunciou neste sábado um porta-voz da instituição. A posição das cadetes é vista por alguns como um sinal de apoio implícito ao movimento militante Black Lives Matter (”A vida dos negros importam”), o que poderia violar alguma regra interna.

— Foi aberta uma investigação sobre este caso. Podemos confirmar que as cadetes que aparecem na foto são parte da promoção de 2016 de West Point — disse tenente-coronel Christopher Kasker, porta-voz escola militar localizada ao Norte de Nova York.

As 16 mulheres, prestes a a se formar no dia 21 de maio, seguiram uma tradição fotográfica antiga em West Point, onde os futuros diplomados imitam as poses sérias de seus antecessores do século XIX. Mas, ao levantarem os punhos, as 16 estudantes negras desencadearam uma polêmica na academia, cujos graduados são predominantemente do sexo masculino, 80%, e brancos, 70%.

O “Army Times”, primeiro a comentar a foto, na quinta-feira, informou que vários leitores escreveram ao jornal para dizer que acreditavam que as cadetes violaram uma política do Departamento de Defesa que diz que “membros na ativa não devem se envolver em atividades político-partidárias”.

Mary Tobin, graduada e mentora que conhece as alunas, no entanto, minimizou o gesto, afirmando que elas estavam simplesmente celebrando a graduação como uma conquista compartilhada, “como um time de futebol levantando capacetes depois de uma vitória”.

— Foi um sinal de unidade — disse Mary, que se formou em 2003. — Elas não estavam tentando mostrar lealdade a qualquer movimento.

No fim de abril, o presidente Barack Obama designou Cindy Jebb para dirigir o conselho acadêmico de West Point, tornando-se a primeira mulher a ocupar o cargo de decana da renomada academia militar americana. Cindy terá a patente de general, a mesma ostentada por Diana Holland, que, em janeiro, assumiu o comando da escola de cadetes.

As mulheres têm um papel cada vez mais importante no Exército americano, onde representam 16% do efetivo. Em março, o secretário de Defesa Ashton Carter anunciou a nomeação da general da Força Aérea Lori Robinson para dirigir o Comando das Forças Armadas para a América do Norte (Northcom).


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