Prefeito de Tabatinga perde eleição e por vingança demite mais de 500 servidores
Por Editora Chefe em 15 de outubro de 2016 às
18:01
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As mais de quinhentas demissões de servidores contratados pela prefeitura de Tabatinga, no Amazonas, tiveram reflexo nas escolas municipais da cidade. Sem esses trabalhadores, as atividades de arquivamento de documentação de alunos e limpeza das salas de aula, banheiros e cozinhas ficaram comprometidos.Raimundo Carvalho Caldas, demitiu cerca de 600 pessoas, um dia após as eleições. Seu candidato e atual vice prefeito Carlos Donizetti, não conseguiu se eleger, ficando em segundo lugar, perdendo por quase 4 mil votos. Revoltado o prefeito que não foi reeleito resolveu demitir mais de 500 taralhadores, prejudicando famílias inteiras em Tabatinga.
O Vereador Hilal Hajar Hayssan, entrou com o pedido de intervenção na câmara de Tabatinga para apurar os motivos da atitude do prefeito.
Do total de demitidos, 303 eram da área de serventes e serviços gerais; 297 são professores e cuidadores pedagógicos; 30 professores efetivos, que trabalhavam em mais de um turno, e foram exonerados de um período.
Matéria Do Portal Amazonas Atual de 9 DE MAIO DE 2016 – Prefeito com sérios probleamas
O MPF (Ministério Público Federal) denunciou o prefeito do município de Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus), Raimundo Carvalho Caldas, o “Calango”, por crime de responsabilidade fruto de reiteradas solicitações para a entrega de dados técnicos sobre a desocupação de terras da Caixa Econômica Federal destinadas à construção de casas populares do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.
De acordo com o processo, foi firmado TAC (Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta) entre o MPF, a empresa responsável pelas obras e a prefeitura de Tabatinga, no qual o município se comprometeu em fazer o levantamento da situação dos moradores e produtores da área desocupada.
Para verificar o cumprimento do TAC, a Procuradoria da República no município de Tabatinga requisitou ao prefeito a entrega de dados técnicos sobre a atual situação da obra, com envio de relatório fotográfico confirmatório. Três requisições foram enviadas ao prefeito, mas o denunciado não atendeu aos pedidos do MPF. Foi requerida notificação judicial para certificar o recebimento dos ofícios. Caldas reconheceu, em suas declarações, ter recebido os documentos, confirmando como sua a assinatura no mandato de intimação judicial.
Segundo o procurador regional da República Alexandre Espinosa, responsável pela denúncia, é evidente que o prefeito “voluntária e conscientemente, omitiu-se em fornecer ao Ministério Público Federal, no prazo fixado e sem qualquer justificativa, dados técnicos requisitados indispensáveis à propositura de ação civil pública, incorrendo nas sanções do artigo 10 da Lei nº 7.347/85”.
A denúncia aguarda recebimento pelo Tribunal Regional da 1ª Região, em Brasília. Se condenado, o prefeito poderá ser condenado a pena de reclusão de um a três anos mais multa.
Em outra Matéria o Sobrinho do prefeito envolvido com drogas