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Jardim comunitário é implantado no lugar de lixeira viciada no bairro Cidade de Deus

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A Prefeitura de Manaus e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) realizaram na manhã deste sábado, 10/6, uma ação simbólica de limpeza na Rua Bem-te-vi, bairro Cidade de Deus, que culminou com a implantação de um jardim comunitário no local onde havia uma antiga lixeira viciada

Essa é a terceira realizada no bairro, a partir de um diagnóstico prévio realizado por alunos do curso de Turismo da UEA, que desenvolvem projetos voltados para identificar as potencialidades turísticas do Parque Municipal Nascentes do Mindu, no bairro. O parque sofre a influência das lixeiras existentes nessas áreas, situadas nos limites da unidade de conservação, administrada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).

 

A comunidade se uniu às instituições de ensino e aos órgãos públicos para dar o exemplo. Na sexta-feira, foi realizado um mutirão de limpeza pela equipe da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que retirou nove toneladas de lixo da área.

 

“Foram retirados todos os tipos de resíduos, orgânicos, sólidos e descartes como sofá, guarda-roupa e geladeira”, explica a geógrafa Selma Batista, professora do curso de Turismo da UEA. Segundo ela, o trecho trabalhado tem 13,5 m x 6,5 m de extensão e passa a compor o conjunto de logradouros em área de borda do parque transformados em jardins.

 

“São pequenas ações como essa que vão transformar o mundo”, ressaltou o subsecretário da Semulsp, Eisenhower Campos. Segundo ele, a prefeitura já desenvolvia um trabalho contínuo de retirada de lixo das ruas e viu na parceria com a UEA e os demais órgãos a oportunidade para convocar a comunidade e mudar a situação. “Faremos a manutenção do espaço e coube à academia mobilizar a comunidade e dividir responsabilidades, esse é o diferencial do projeto”, explica Eisenhower.

 

Selma Batista lembra que essa é a terceira área de implantação de jardim comunitário. Em julho do ano passado, duas áreas utilizadas como lixeiras, nas ruas Beija-flor e Japiim, na área de borda do Parque Nascentes se consolidaram como jardins. No total, foram diagnosticadas cinco lixeiras viciadas no local.

 

“Estamos trabalhando com os locais mais complicados que geram impacto de resíduos para dentro do parque, a partir de diagnóstico realizado pelos alunos de Turismo que tiveram o trabalho de conhecer a comunidade e os problemas existentes no entorno, entre eles o lixo”, explica a professora, lembrando que para trabalhar o turismo dentro do parque é preciso primeiro atuar externamente.

 

Atualmente, são desenvolvidos no parque projetos de pesquisa em diversas áreas por instituições como a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e o Instituto Federal de Educação do Amazonas (Ifam).

 

A moradora Eliana Oliveira, 36, explica que na rua Uirapuru, onde mora, não existe o problema da lixeira viciada mas como moradora do bairro se preocupou em participar da ação. “Nos preocupamos com o bairro e vimos que a ação era boa para a comunidade”, comentou, acrescentando que com o jardim as crianças ganham espaço para brincar e todos saem ganhando.

 

Alda Monteiro da Silva, 56, também reside no entorno do parque Nascentes do Mindu. “Acho ótima essa ação, onde havia uma lixeira viciada agora se torna uma coisa maravilhosa, mais bonita e que protege o parque. Esperamos que cada vez fique melhor”, afirmou.

 

Segundo o diretor de Áreas Protegidas da Semmas, Márcio Bentes, outras lixeiras viciadas serão alvo de ações conjuntas de limpeza e intervenção. A Semmas fica responsável pelas mudas e a Semulsp pela coleta dos resíduos. “Estabelecemos um calendário de ações para o ano inteiro dentro das discussões do conselho consultivo do Parque Nascentes do Mindu”, disse.

 

A ação deste sábado também marcou o encerramento da programação da Semana do Meio Ambiente 2017, da Prefeitura de Manaus, e contou com a participação das Ocas do Conhecimento Ambiental, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Semulsp, UEA e Grupo Sussuarana.

Texto: Júlio Pedrosa

Fotos: Arlesson Sicsú / Semmas


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