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Bandidos são mortos com vários tiros durante assalto no posto de gasolina (imagens fortes)

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A Delegacia de Homicídios de Mogi das Cruzes instaurou nesta sexta-feira (10) um inquérito que vai apurar as circunstância das mortes de três jovens entre 17 e 20 anos, suspeitos de participarem do assalto a um posto de combustível no bairro Ponte Grande. Além dos mortos, um suspeito de 19 anos foi baleado e está internado no hospital Luzia de Pinho Melo.

O caso foi registrado no 2° Distrito Policial em Brás Cubas. Jorge Luiz Esteves, delegado titular da unidade, informou que não ficará com a investigação do caso. “Como ocorreram essas três mortes decorrentes de confronto, encaminhei a investigação para o Setor de Homicídios, que a partir de agora assume o andamento”, informou.

O G1 entrou em contato com a Delegacia de Homicídios de Mogi das Cruzes e o delegado titular Rubens José Ângelo informou que recebeu na tarde desta sexta-feira (10) o boletim de ocorrência registrado como roubo, ato infracional, resistência e homicídio decorrente à intervenção policial. “É uma postura padrão. Toda morte decorrente de intervenção policial exige uma apuração do que chamamos de excludente de ilicitude policial, ou seja, temos que apurar se houve eventual excesso ou uma legítima defesa no dever legal”, destacou.

O próximo passo, segundo o delegado, é analisar os laudos e ouvir testemunhas. “Estou esperando o resultado dos laudos necroscópico e toxicológico, residuográfico, além da perícia nas armas e no local dos fatos. Também vamos começar a ouvir as testemunhas do fato: os fretistas vítimas de assalto, o indiciado sobrevivente e familiares”. O prazo para o inquérito é de 30 dias, sendo prorrogável por período indeterminado.

 

Victor Tito e Rogério de Oliveira - Morrem baleados em assalto de posto de gasolina (Foto: Reprodução/Facebook)
Victor Tito e Rogério de Oliveira – Morrem baleados em assalto de posto de gasolina (Foto: Reprodução/Facebook)

Vizinhos
Os jovensmortos na troca de tiros com a polícia, moravam em um condomínio de luxo da cidade. Os rapazes que morreram são Victor Andrade Gomes Tito, de 19 anos, e Rogério Santos de Oliveira Filho, de 17, e Matheus Wilson da Costa Reis, de 19 anos. Um quarto jovem baleado, de 19 anos, passou por cirurgia no Hospital Luzia de Pinho Melo para retirada da bala e está em estado estável, segundo a Secretaria Estadual de Saúde

O advogado Wilson Pinheiro Reis Júnior, irmão de Matheus, disse que o jovem não sabia que se tratava de um assalto e que todos moravam no Codomínio Aruã. “Ele tinha saído à tarde para pescar com dois amigos do condomínio. Chegaram outros dois, que moram há pouco tempo lá. Convidaram para tomar açaí em Mogi. O meu irmão pegou o carro e eles foram. Um dos rapazes que moram lá há pouco tempo pediu para para parar no posto e desceu junto com outro amigo. Foi neste momento que aconteceu o assalto e que os policiais teriam dado voz de prisão aos dois que desceram. Eles ficaram assustados, voltaram para o carro e pediram para o Matheu sair. Nisso, os policiais vieram e começaram a disparar.”

Wilson ainda contou que o irmão nunca se envolveu em ocorrência policial, trabalhava e fazia cursinho para estudar veterinária. “A polícia entendeu que foi fuga. Mas na verdade o meu irmão estava dentro do carro e não sabia do assalto. Nunca tinha pisado em uma delegacia. Foi uma má companhia na hora errada, no local errado”, disse. O pai do jovem, Wilson Pìnheiro Reis, disse que lamenta o que aconteceu.

O farmacêutico Rogério Santos de Oliveira é pai de Rogério Santos de Oliveira Filho, de 17 anos, um dos suspeitos que morreu. Ele disse que mora em São Paulo e o filho foi morar com a mãe e o padrasto no condomínio há três meses.

Oliveira explicou que não viu as imagens de um dos postos assaltados, mas pelo que lhe disseram foi o filho dele que desceu do carro e abordou a frentista durante o assalto. “A polícia diz que teve troca de tiros, mas tudo leva a crer que não teve troca de tiros. Foi má companhia do meu filho, mas ele teve parcela de culpa. Eu percebi que o menino tinha mudado de comportamento, mas não precisava ter feito isso.”

O crime
Uma equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) estava no estabelecimento durante o assalto para se preparar para uma operação policial. De acordo com o delegado do Deic, Alexandre Dias, os policiais civis estavam com viaturas descaracterizadas e roupas normais e foram avisados pelo frentista sobre o assalto.

Carro dos suspeitos ficou com as marcas da troca de tiros (Foto: Maiara Barbosa/G1)
Carro usado no crime era do pai de um dos suspeitos (Foto: Maiara Barbosa/G1)

Ainda segundo o delegado, os suspeitos abordadaram o frentista e anunciaram o assalto. Segundo Dias, eles chegaram a pegar R$ 300 do posto. O funcionário do posto conseguiu avisar os policiais.

Na delegacia, os policiais contaram que viram dois homens fugindo a pé. Eles relataram que se identificaram e pediram que parassem. Os suspeitos não obedeceram e dispararam contra os policiais, segundo o depoimento. Ao ouvir os disparos, os policiais que estavam na conveniência saíram. Eles pegaram uma viatura para buscar os suspeitos.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, na Rua Vereador Sidney da Silva Rocha, ainda na Ponte Grande, os policiais viram os suspeitos entrando em um carro estacionado. A viatura fechou o veículo. Segundo a polícia, os suspeitos atiraram novamente e os policiais revidaram.

De acordo com a polícia, os suspeitos tentaram fugir e bateram em uma caçamba. Eles fizeram uma nova manobra e, segundo o boletim de ocorrência, tentaram atingir os policiais que estavam a pé com o carro.

O sobrevivente foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado para o Hospital Luzia de Pinho Melo onde está em estado grave, de acordo com o delegado.

Segundo a polícia, os jovens tinham participado de outros assaltos a postos de combustíveis na mesma noite.

 

O crime
Uma equipe do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) estava no estabelecimento durante o assalto para se preparar para uma operação policial. De acordo com o delegado do Deic, Alexandre Dias, os policiais civis estavam com viaturas descaracterizadas e roupas normais e foram avisados pelo frentista sobre o assalto.

 
Carro usado no crime era do pai de um dos suspeitos (Foto: Maiara Barbosa/G1)

 


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