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Atendimento a indígenas venezuelanos terá posto permanente no terminal rodoviário

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A Prefeitura de Manaus vai montar um “posto sentinela” no terminal rodoviário da cidade, na avenida Djalma Batista, zona Centro-Sul, para monitorar a chegada de novos grupos de indígenas oriundos de território venezuelano. No posto será feita a identificação, triagem e levantamento de possíveis doenças preexistentes para que seja feito o encaminhamento imediato dos casos mais graves às unidades de saúde do município.

 

O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira, 16/5, pelo secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto, durante a quarta ação de saúde voltada para os 226 indígenas que estão na área central da cidade. Ao todo, de acordo com dados da Cáritas Arquidiocesana de Manaus, estão hoje na cidade 367 índios da aldeia Warao, da região do Delta do Orinoco, na Venezuela.

“Esse é um trabalho que será permanente. Nós temos aqui uma população extremamente vulnerável que precisa de uma atenção muito específica e também muito integral. Estamos trabalhando para que possamos minimizar os riscos à saúde dessa população. Temos casos muito graves, crianças e pessoas idosas muito doentes, necessitando de mais atenção”, ressaltou Homero.

O secretário informou que essas ações são em cumprimento ao decreto nº 3.689, assinado pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, que declara situação de emergência social em Manaus, para ações específicas de atendimento a esses imigrantes.

O atendimento aos indígenas foi feito nas dependências da Cáritas, na rua Joaquim Nabuco, Centro, coordenado pelo padre Hudson Ribeiro, responsável pela mobilização do grupo. “Essa ação de hoje reuniu a Semsa, a Sejusc, a Semasdh e a Cáritas. Unindo forças, conseguimos afinar o discurso e acabamos oferecendo um atendimento um pouco mais diferenciado, com qualidade, evitando que aconteçam maiores complicações”, disse o padre.

Foram realizados 95 atendimentos incluindo coleta de escarro para exame de tuberculose, imunização, redução de carga parasitária, exames dermatológicos, dispensação de medicamentos e emissão do cartão do SUS, entre outros serviços. A equipe da Semsa, composta por 40 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos e estagiários, identificou seis novas gestantes e uma criança de três meses, com pneumonia, que já havia passado por internação, mas a mãe abandonou o hospital antes da alta. Ela foi encaminhada para nova internação no SPA da Zona Sul.

Esta foi a segunda ação de saúde para o grupo indígena que está morando nas ruas Quintino Boucaiúva e Dr. Almino, na área central. A Semsa deve realizar, na próxima quinta-feira, a terceira ação para as famílias que estão acampadas no entrono da Rodoviária.

 

Texto: Sandra Monteiro


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