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Waldir Maranhão adia para quarta-feira reunião do colégio de líderes

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BRASÍLIA – O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), transferiu para quarta-feira pela manhã a primeira reunião do colégio de líderes que pretende comandar. Maranhão tinha chamado uma reunião para a tarde desta terça-feira, mas atendeu o pedido de líderes para adiar o encontro, porque parte deles foram chamados ao Palácio do Planalto, onde participaram da primeira reunião com o presidente interino Michel Temer. Desde o dia 5 de maio, quando Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi afastado da presidência da Casa e do mandato parlamentar pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara não vota nada em plenário.

A sessão plenária desta terça-feira começou, mas por volta das 15h ainda estava esvaziada, com deputados se revesando em discursos na tribuna. Normalmente, a ordem do dia, quando são iniciadas as votações, começa mais no final da tarde. A pauta da Câmara está trancada por quatro medidas provisórias e projetos com urgência constitucional.

Os líderes iriam se reunir com Maranhão para decidir de que forma tocariam as votações no dia de hoje. Assessores não confirmaram se Maranhão irá presidir a sessão na tarde desta terça-feira e se as votações serão mantidas. A tendência é não dar andamento às votações, adiando para amanhã para que elas aconteçam após o entendimento com os líderes. Há um movimento para evitar que a sessão atinja o quórum mínimo de 257 deputados para dar início às votações.

Maranhão chegou por volta de 14h na Câmara e foi direto para o gabinete da Presidência da Câmara. Os aliados de Maranhão afirmam que ele mantém a disposição de permanecer no cargo de vice-presidente e aceita a proposta feita por partidos do chamado Centrão de fazer uma gestão compartilhada com outros integrantes da Mesa Diretora. A solução, no entanto, encontra resistência entre os partidos que faziam oposição a Dilma Rousseff (PSDB-DEM-PPS) e agora apoiam o governo de Michel Temer, que defendem que a Presidência da Câmara seja declarada vaga, porque Cunha foi afastado e seu mandato no comando da Casa se encerrará antes que ele volte à Casa.

Depois que Maranhão decidiu anular a votação do impeachment na Câmara, partidos como o DEM reagiram, representaram contra ele no Conselho de Ética da Casa e avisaram que não aceitarão que ele conduza a sessões da Casa. Toda a pressão feita por partidos e líderes para que Maranhão renunciasse não surtiu efeito. O presidente interino da Câmara já disse que não renunciará.


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