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Temer quer que ministros envolvidos em escândalos se demitam

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BRASÍLIA – Em reunião na manhã desta sexta-feira, no Palácio do Jaburu, o presidente interino Michel Temer determinou aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), que conversem com todos os integrantes do primeiro escalão sobre qualquer envolvimento que possam ter com as investigações da Operação Lava-Jato.

Temer ficou muito irritado com a saída de Henrique Eduardo Alves do Ministério do Turismo, antecipando-se a denúncias que surgirão nos próximos dias. Segundo auxiliares presidenciais, ele quer evitar novas baixas por conta de potenciais escândalos.

Na reunião, os peemedebistas demonstraram preocupação com a delação de Fábio Cleto, que era vice-presidente da Caixa Econômica Federal. Segundo um integrante do governo, há citação a Geddel. Cleto é afilhado político do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Com as conversas, Temer busca blindar o governo. A ideia é que os principais auxiliares façam um “exame de consciência”.

— A prioridade zero do presidente é impedir que a Lava-Jato chegue ao governo. Ao Palácio do Planalto, então, nem se fala. A diretriz dada na reunião foi a de quem tiver qualquer envolvimento peça para sair. Se não sair, será saído — afirmou um interlocutor palaciano.

Durante a reunião, os ministros e Temer avaliaram que não foram só as pedaladas fiscais que levaram ao afastamento da presidente Dilma Rousseff mas, sobretudo, o fato de as investigações terem chegado ao Planalto, afetando os ex-ministros Edinho Silva (Comunicação Social) e Jaques Wagner (Casa Civil).

Segundo este interlocutor, o Planalto avalia que houve desgaste com a queda de três ministros no primeiro mês de governo, Romero Jucá (Planejamento), Fabiano Silveira (Transparência), e Henrique Alves (Turismo), mas que ainda é possível estancar a crise e minimizar os dados.


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