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Temer prega pacificação e harmonia entre os poderes

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SÃO PAULO — O vice-presidente Michel Temer pregou neste domingo a pacificação e a harmonia entre os poderes da República. O peemedebista retomou a agenda oficial e participou da festa de aniversário de 174 anos do município de Tietê (SP), cidade natal dele. O vice evitou falar sobre a 24ª fase da Operação Lava-Jato, em que o ex-presidente Lula foi conduzido coercitivamente para depor, e não citou a presidente Dilma Rousseff em nenhum momento.

— Todos temos que dar as mãos para o país sair da crise. Não é momento de se pensar no valor governo, nem no valor partido e, sim, no país como um todo. Só assim conseguiremos retomar a confiança dos brasileiros. Judiciário, Executivo e Legislativo precisam caminhar em harmonia. A falta de harmonia entre os três poderes chega a ser uma inconstitucionalidade — afirma.

Sobre a economia, o vice-presidente ressaltou sobre a necessidade do otimismo e união para o país sair da crise econômica.

— Hoje, o que o país mais precisa é de unidade, de reunificação, um instante em que todos têm que dar as mãos para tirar o país da crise. O desemprego vai gerar uma conflitância social. Por isso temos que unir esforços pra retomar o emprego no país.”

Na sexta-feira, quando aconteceu a 24ª fase da Lava-Jato, Michel Temer cancelou os compromissos do dia para acompanhar de perto os desdobramentos da ação da Polícia Federal. Temer estava em viagem em Campo Grande e tinha eventos marcados em Goiânia e Palmas.

Na cúpula peemedebista, o sentimento é de cautela. Há uma preocupação para que Temer não volte a se expor desnecessariamente, como fez no ano passado, quando fez críticas à presidente Dilma Rousseff e jogou combustível no fogo que consumia a relação do PMDB com o governo.

Há uma avaliação, no entorno de Temer, de que o andamento do processo de impeachment depende, primeiro, de uma decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a forma como será conduzido no Congresso e, depois, das duas Casas Legislativas. Por isso, o vice-presidente tenta evitar qualquer movimento prematuro.

Apesar da cautela com que tenta agir Temer, a oposição e a ala oposicionista do PMDB estão eufóricos com os fatos desta semana, que tiveram, além da condução coercitiva de Lula, as revelações da delação premiada do senador Delcídio Amaral, que envolvem o ex-presidente e Dilma Rousseff. Oposicionistas têm a expectativa de conversar com o vice sobre o cenário de impeachment a partir desses novos fatos.


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