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Temer diz que foi secretário de Segurança e saberá lidar com confronto

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BRASÍLIA – Em conversa com representantes de centrais sindicais nesta terça-feira, o vice-presidente Michel Temer mostrou que está pronto para a guerra caso assuma de fato a Presidência da República com a confirmação do Senado ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo relatos de participantes do encontro, Temer afirmou que seu desejo é de “unir” o país, mas caso seus antagonistas partam para o confronto de forma que prejudique o Brasil, saberá reagir:

— Sei que vai ficar um grupo querendo me esculhambar, mas se tentarem fazer isto com o Brasil, fui secretário de Segurança duas vezes e saberei lidar com isto — disse o vice, segundo o deputado Paulinho da Força (SD-SP).

Ontem, o ex-presidente Lula, em evento em São Paulo, afirmou que o Brasil viverá um período de “muita luta” com a aprovação do impeachment e comparou o processo com o golpe militar de 1964. Também presente no seminário, o presidente do PT, Rui Falcão, voltou a afirmar que um eventual governo de Temer “não terá trégua”.

A fala do vice-presidente no encontro com sindicalistas foi vista como uma resposta às colocações de Lula e Rui Falcão. Em um discurso de cerca de 40 minutos, Michel Temer respondeu ainda às acusações de que o impeachment seria uma “golpe”, tese que vem sendo defendida pelo governo e pelo PT. Para o vice, “golpe” é falar em novas eleições após o impeachment ter sido autorizado pela Câmara. Petistas têm defendido a realização de um novo pleito para evitar que o PMDB comande o país até 2018.

— Eles falam que impeachment é golpe e isto não é verdadeiro. O processo está previsto na Constituição e o rito foi definido pelo Supremo Tribunal Federal. O que é inconstitucional, o que é golpe, é querer convocar novas eleições. Isto é que não está previsto na Constituição — disse Temer, de acordo com relatos.

Apesar do discurso combativo, Temer afirmou que sua vontade é de atuar como um “conciliador” neste momento de grave crise política e econômica e de chamar “todos os partidos” para o diálogo, inclusive o PT.


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