‘Sou muito bem mandado’, diz ministro da Saúde de Temer
BRASÍLIA – Cauteloso, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) não admite nem ter sido convidado para comandar o cobiçado Ministério da Saúde. Diz que, por enquanto, é o indicado da bancada para a vaga oferecida por Michel Temer ao PP. Político experiente, Barros admite que não contará com mais recursos para a pasta, mas não fala sobre a manutenção ou prioridade de programas de sua pasta, como o Mais Médicos :”Sou bem mandado. O que o chefe acha, eu acho também”.
O GLOBO – O senhor será o futuro ministro da Saúde?
RICARDO BARROS – Não fui convidado ainda. Sou o indicado da bancada do PP.
Dos programas do ministério, quais pretende priorizar?
BARROS – Vou perguntar ao presidente Temer qual será a orientação para cada um desses temas. Cada problema tem várias soluções. Vou levar a ele as alternativas. E decidir com ele.
Vai manter o Mais Médicos?
Vou saber qual a orientação dele. Se ele me disser não, faço de outro jeito. Se eu falar algo antes, o que faço, engulo minha opinião? Estamos aqui há 20 anos, não podemos brincar em serviço.
Todos reclamam muito da falta de recursos para a saúde. Como resolver isso?
O desafio possível é gastar melhor com os recursos que temos. Mais recursos eu não acho que vai ter. Então, é gastar melhor o que tem. Como fazer isso, depende de orientação.
E a CPMF para saúde?
Não sei. Aí é a área econômica que fala.
Mas, dos programas que estão aí, tem algum que o senhor acha importante manter?
Sou muito bem mandado. O chefe acha, eu acho também.
Como pretende manter a relação com o Congresso?
Eu venho ao plenário uma hora por semana. Deputado que assume ministério não pode se distanciar do parlamento. Eu venho aqui e resolvo umas 30 pendências.