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Roberto Amaral deixa PSB, após partido se aproximar da oposição

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RIO — O ex-presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) Roberto Amaral confirmou ao GLOBO sua desfiliação do partido. O anúncio oficial de desligamento será realizado nesta sexta-feira, por meio de uma carta destinada à militância socialista. Entre as principais lideranças do PSB, Amaral enfatizou ainda que não fará parte de outra sigla.

— Não irei para outro partido. Serei mais útil à esquerda não me filiando a nenhum partido — disse.

Nesta segunda-feira, a deputada federal Luiza Erudina, de São Paulo, também anunciou sua saída do PSB alegando divergência ideológica. Na semana passada, no dia em que o ex-presidente Lula foi conduzido coercitivamente a depor, o atual presidente do PSB, Carlos Siqueria, anunciou que o partido marcharia “em definitivo” para a oposição ao governo de Dilma Rousseff. “Os acontecimentos dos últimos meses evidenciam um quadro de deterioração ética que foge à normalidade e que leva o PSB a reafirmar a postura crítica em relação ao governo federal”, afirmou em nota.

— É claro que minha saída tem ligação com a mudança de linha, com o apoio ao Aécio e à oposição — declarou Roberto Amaral.

Amaral participou da refundação do PSB em 1985, após a redemocratização do país, e ocupou o cargo de presidente do partido em três ocasições. Na última vez em que esteve no comando da sigla, renunciou ao cargo após a morte do então candidato à presidência Eduardo Campos. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e 2004, foi ainda ministro de Ciência e Tecnologia.


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