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Renan diz que plebiscito sobre novas eleições não é prioridade no Senado

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BRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na tarde desta terça-feira que a proposta de plebiscito para novas eleições no país ainda este ano, defendida pela presidente afastada Dilma Rousseff, não é prioridade da Casa. Renan afirmou que essa proposta de emenda à Constituição não é consensual e que o trâmite de propostas no Senado é burocrático.

— Não, não, não! Não foi anunciada como pauta prioritária. Não está posta nas prioridades. O processo legislativo é burocrático, muito burocrático. Uma PEC que não é consensual demora tempo tramitando — disse Renan Calheiros.

O presidente do Senado participou de uma reunião de senadores com o presidente interino Michel Temer, no Palácio do Planalto. Ele disse que discutiram o problema de obras inacabadas no país. O senador afirmou que há R$ 250 milhões em recursos já empenhados – prontos para ser usados – para essa finalidade, mas muitas obras nem começaram a ser construídas. Ele afirmou que Temer, segundo Renan, gostou da ideia de um dos senadores de que seja priorizada obras de custo de até R$ 500 mil.

— Temos um cemitério de obras inacabadas por diferentes motivos. O presidente Michel Temer aceitou encaminhamento para pedir aos governadores um levantamento dessas obras e estabelecer prioridades por pastas. Isso vai retomar a criação do emprego e da renda — disse Renan.

O peemedebista confirmou que o projeto que trata do abuso de autoridade será votado no plenário até dia 13, último dia de votação antes do início do recesso parlamentar. Ele negou que a proposta vise atingir as investigações da operação Lava-Jato.

— A atual lei de abuso de autoridade é de 1965. Está velha, anacrônica, gagá. Precisa ser atualizada. Não é contra o Legislativo, Executivo, Judiciário. Nem contra Ministério Público ou Supremo (STF). É contra o carteiraço, uma prática generalizada no Brasil. Carteiraço de autoridades – disse, falando em seguida sobre a Lava-Jato.

— Ninguém mais no Brasil do que eu defende as investigações. a Lava-Jato é um avanço civilizatório. O fato de estar dando certo não significa que mais adiante não teremos que melhorar as investigações e as delações, como todo o mundo fez.


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