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Renan diz que não é seu papel ‘colocar fogo na crise’

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BRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que, como presidente do Congresso, precisa manter o equilíbrio e que não lhe cabe “colocar fogo na crise”. O senador reafirmou que a sociedade está sendo “bombardeada” por informações e boatos e que seu papel é o de manter a harmonia entre os Poderes. O clima político está tenso diante da nova fase da Operação Lava-Jato, que investiga o ex-presidente Lula.

— Não é papel do presidente do Congresso colocar fogo na crise. O papel do presidente do Congresso é, mais do que nunca, pela serenidade, pelo bom senso, pelo equilíbrio. Tivemos aqui em 64, um presidente do Senado que passou do limite, do equilíbrio e fraturou a democracia. Portanto, não cabe a mim colocar fogo na crise — disse Renan.

Para ele, há muito “disse que disse”.

— A sociedade está sendo bombardeada por informações, por boatos, por disse que disse e cabe ao presidente do Congresso preservar o equilíbrio e como disse temer, a harmonia entre os poderes.

Renan se referiu ao então presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, que, na passagem do dia 1º de abril para 2 de abril de 1964, realizou sessão do Congresso onde foi declarada vaga a presidência da República devido à viagem do então presidente João Goulart. A decisão do Congresso, na ocasião, abriu caminho para a instalação da ditadura militar.

Em novembro de 2013, o Congresso aprovou projeto de resolução que anulou aquela sessão do Congresso. Em 2013, Renan comandou a sessão e chamou a sessão de 1964 de “fatídica”.

PMDB

No caso do PMDB, Renan disse que é preciso aproximar as correntes na convenção.

— O que se recomenda é que o PMDB aproxime as suas correntes. Tenho defendido que é necessária a unidade do PMDB. Quanto mais representativa for a Executiva (do partido), melhor. É uma demonstração salutar do que está compreendendo a circunstância do país — afirmou.

Renan Calheiros disse no início da noite que o PMDB deve fortalecer o seu poder “moderador” no país. Para ele, o partido deve aproximar as diferentes correntes na convenção do próximo sábado.

— O papel do PMDB é um papel moderador. O PMDB é equilíbrio da democracia, é pilar das transformações. Então, mais do que nunca, o PMDB tem que fazer valer isso — disse Renan.

O senador voltou a pedir tranquilidade nesse momento político, repetindo o discurso feito no final da manhã.

— Não dá para a gente ficar comentando fatos políticos todos os dias. Aqui, no Senado, já tivemos um presidente que foi além do seu limite e fraturou a democracia. Já falei isso hoje pela manhã. O papel do presidente do Congresso é garantir o equilíbrio, procurar a convergência de todos os partidos e de todas as forças políticas e preservar o interesse nacional — disse Renan.


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