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Renan anuncia que não instalará comissão sobre semiparlementarismo

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BRASÍLIA – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SP), em acordo com as cúpulas do PSDB e do DEM, recuou nos planos de intaurar uma comissão especial da Casa para discutir um semiparlamentarismo no país. Renan e o senador José Serra (PSDB-SP) eram os defensores da ideia, mas os caciques dos dois partidos avaliaram que isso não foi bem recebido e que as manifestações não pediram mudanças no presidencialismo. Além disso, entenderam que o foco neste momento deve ser o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO, foi quem cobrou uma definição de Renan sobre o assunto.

– Estamos num momento delicado e não é o momento de se criar esse tipo de discussão. Isso não vai dirimir todas as dúvidas dos brasileiros neste momento. Além do mais, surgiu a interpretação de que isso (semiparlamentarismo) poderia ser uma forma de dar a Lula a forma de um primeiro-ministro e Dilma, uma chefe de Estado. E isso poderia ser interpretato como um movimento casuístico – disse Caiado.

Em princípio, a ideia era apoiada pelo PSDB. Nos bastidores, afirmavam que seria uma saida para um governo pós-impeachment. Mas, como não passaria pelo referendo popular por ser um semiparlamentarismo, estava sendo interpretada como uma maobra até golpista, e a oposição não queria essa pecha _ disse Caiado.

Ciente isso, Renan anunciou o recuo em plenário. O Senado havia aprovado um requerimento de urgência para a instalação da comissão.

– Foi aprovado apenas um requerimento, mas ainda não cogitamos a instalação da comissão do Senado. Temos parcela da população que deseja o aprimoramento do funcionamento do sistema, mas jamais que se faça isso cauisticamente – disse Renan.

Por isso, os principais caciques dos dois partidos se reuniram em almoço e enterraram a ideia.

– Essa proposta está encerrada. Apenas o senador Serra queria a continuidade do debate, mas foi voto vencido – disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).

– O foco agora é o impeachment – disse o senador Aloysio Nunes Ferreira.


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