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Protestos são realizados em 16 estados e no Distrito Federal

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RIO, BRASÍLIA, SÃO PAULO, BELO HORIZONE – Manifestantes tomam neste domingo as ruas de 16 estados e do Distrito Federal para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Em Brasília, a estimativa da PM é de que 100 mil pessoas ocuparam a frente do Congresso, número superior ao de manifestantes nos protestos ocorridos em 2015. No Rio, os organizadores falam em 1 milhão de participantes, mas a PM informou que não vai se pronunciar. Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Paraná, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Tocantins também têm manifestações. Entre as principais bandeiras dos manifestantes, estão o impeachment da presidente e o fim da corrupção. O ex-presidente Lula, investigado pela Operação Lava-Jato, também é alvo dos manifestantes. Por enquanto, as manifestações foram pacíficas e não houve confrontos entre manifestantes pró e anti-Dilma.

Políticos, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Jair Bolsonaro (PP-RJ) e o ex-deputado Fernando Gabeira, participaram dos protestos. Em Brasília, no entanto, integrantes de movimentos anti-Dilma chegaram a vetar que políticos subissem no carro de som, mas Bolsonaro discursou. No Rio, manifestantes também rejeitaram a participação de políticos. A multidão reagiu com gritos de “Sem partido!” e vaias, quando organizadores instaram parlamentares que estivessem presentes a se apresentar e discursar. Depois que os manifestantes protestaram contra a partidarização do ato, organizadores disseram que o movimento defende uma causa, não um partido, mas ressaltou que era importante pressionar os políticos a votar a favor do impeachment no Congresso.

ATO EM COPACABANA

Na capital fluminense, a manifestação se concentrou na orla de Copacabana e interditou o trânsito na Avenida Atlântica. A maioria dos manifestantes também usa verde e amarelo e pede a saída de Dilma.

– Nem de esquerda, nem de direita. “Vamos para frente”, nos identificamos muito com essa mensagem, que vimos estampada numa faixa aqui – afirmou a designer Tatiana Gomes.

O militar Ricardo Bastos saiu cedo da Tijuca para chegar pontualmente à manifestação. Segundo ele, que participou de todas as passeatas anteriores, sua bandeira é a democracia.

– Não sou a favor de intervenção militar, como alguns aqui. Sou, sim, a favor do funcionamento das instituições. E absolutamente contra o desrespeito ao Judiciário, que é o que Dilma vem fazendo – disse, referindo-se ao apoio da presidente a Lula, após o pedido de prisão preventiva do ex-presidente pelo MP-SP.

– E ainda dizem que essa aqui é uma manifestação de elite – ironizou o médico Mario Perela, morador da Lagoa – Acabei de ver o metrô cheio, trazendo muitas pessoas do subúrbio. Quem é contra a gente fala isso para desqualificar nosso movimento contra a corrupção. Nossa causa aqui é comum, independe de classe social.

De Botafogo, a professora de artes Cynthia Rosenbrock levou para a manifestação uma panela e uma baqueta.

– Sempre que tem panelaço eu participo. Todo mundo está vindo falar comigo, esse é um símbolo contra a corrupção. – afirmou, exibindo a panela. – Estou aqui porque precisamos acertar o país. Lugar da ladrão é na cadeia. – defendeu, completando com gritos de “Fora Dilma, fora PT”Marcelo Madureira, ex-Casseta & Planeta, fez um discurso no carro de som contra Dilma e Lula:

– O Brasil está em uma encruzilhada. A gente tem que decidir se quer viver no país do Sergio Moro ou das maracutaias do Lula.

Também houve demonstrações de apoio à presidência. Um monomotor com a faixa “Não vai ter golpe”, da Frente Brasil Popular, sobrevoa a praia e foi vaiado por manifestantes anti-Dilma. No Túnel Novo, que dá acesso à orla, um cartaz foi colocado em apoio ao ex-presidente Lula.

EM BRASÍLIA, PROTESTO PEDE PRISÃO DE LULA

Na capital do país, manifestantes já encerraram o protesto. Os organizadores estimam a participação de 200 mil pessoas hoje na capital federal, enquanto a PM calcula que 100 mil foram ao ato.

Pela manhã, a concentração começou no Museu da República, e o público, com roupas das cores da bandeira brasileira, seguiu em passeata pela Esplanada. Os manifestantes carregaram faixas contra a corrupção, pedindo a saída de Dilma do cargo, e demonstrando apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato. Além do impeachment, os manifestantes pediam a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e protestaram contra a possível nomeação de Lula para algum ministério.


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