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Protestos a favor e contra impeachment separados por 300 metros em SP

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SÃO PAULO – Manifestantes a favor e contra impeachment que ocupam a Avenida Paulista, região central de São Paulo, na tarde desta quinta-feira estão separados por menos de 300 metros. A Polícia Militar tem dispensado tratamento diferente aos dois grupos. Enquanto os favoráveis à saída da ex-presidente puderam instalar um telão de 24 metros quadrados no meio da rua em frente à Fiesp, aqueles que não são contra foram impedidos de ocupar o vão livre do Masp.

Os policiais militares formaram uma barreira humana em frente ao vão livre do Masp por volta das 17h30. Confinados na calçada, eles se juntaram e ocuparam a rua, fechando a pista sentido Consolação da Avenida. A outra pista, sentido Paraíso, já estava fechada pelos manifestantes a favor do impeachment desde as 17h. A PM alegou que os militantes petistas não haviam avisado a corporação previamente sobre a realização do protesto. A mesma justificativa foi utilizada em janeiro para dispersar, com bombas, protestos contra o aumento da tarifa de ônibus.

Segundo um dos responsáveis por chamar o movimento, da Juventude do PT, o aviso foi feito ontem à PM. Por volta das 18h30, policiais e petistas chegaram a um acordo. Os manifestantes a favor do governo concordaram em deixar o Masp e ocupar a pista sentido Paraíso, que já estava fechada pelo outro grupo. De acordo com a PM, o protesto reunia cerca de 150 pessoas.

— Não vamos aceitar um governo de Temer. Vamos fazer manifestações diárias contra o impeachment — disse o ator Luiz Gustavo Dantas, de 22 anos, da Juventude do PT.

INÍCIO DE CONFUSÃO

Um professor de 32 anos afirmou que foi golpeado na barriga quando passou em frente à Fiesp, onde estão os manifestantes a favor do impeachment. Os manifestantes negaram a agressão e disseram que Jefté Rodrigues do Nascimento provocou o grupo.

— Tenho minhas críticas ao PT, mas o que está acontecendo aqui é um golpe. Dilma foi eleita com 54 milhões de votos. Existe um ódio espalhado pelo país. Acho que sofri tentativa de assassinato. Pensei que fosse morrer — relata Nascimento.

Acusado de ter cometido a agressão, o empresário Cristóvão Flores, de 31 anos, negou:

— Seu erro foi gritar com uma senhora. Você foi para cima dela gritando “PT”. Te afastei pela sua integridade — explicou Flores, que acampa no local há mais de 50 dias.

Policiais militares presentes apartaram a confusão e Nascimento não quis prestar queixa.


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