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Protesto contra Dilma e Lula continua em SP; Brasília tem ato a favor e anti-governo e Rio panelaços

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SÃO PAULO, BRASÍLIA E RIO – Manifestantes continuam na Avenida Paulista, nesta quinta-feira, em protesto contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil e também contra a presidente Dilma Rousseff. A via está bloqueada, nos dois sentidos, entre a Alameda Campinas e a Pamplona, em frente à sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Em São Bernardo do Campo, no Grande ABC, um grupo de sindicalistas passou a noite em frente ao prédio onde mora o ex-presidente Lula. A Polícia Militar informou que 700 pessoas participam do protesto. No Rio, há registros de panelaços nos bairros do Leme, Copacabana, Humaitá e Leblon.

Em Brasília, mais de uma centena de militantes petistas ocupam a Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. Eles aguardavam a cerimônia de posse de Lula como novo ministro da Casa Civil. Um grupo anti-governo também realiza um protesto. Embora as duas manifestações estejam separadas por um espaço de cerca de 100 metros, na Esplanada dos Ministérios, não há confusão ou confronto. A Polícia Militar está posicionada entre os dois protestos. E nenhum grupo tenta furar esse bloqueio.

A PM tem agido para separar os manifestantes. São cerca de 300 manifestantes pró-governo, segundo a PM, e aproximadamente o mesmo número dos anti-governo. Há um pelotão de Cavalaria, homens do Rotam (Ronda Ostensiva Tático-Móvel) e três companhias operacionais, cada uma com 50 militares. O Batalhão de Choque da PM, com dois blindados, também está posicionado na via.

De um lado, o tratamento é de herói. As faixas e gritos do grupo pró-impeachment são de apoio ao juiz Sérgio Moro. Do outro lado, entre manifestantes a favor de Dilma Rousseff, o magistrado é tratado por fascista.

Em frente ao Palácio do Planalto, o grito é de “Já tomou posse”, por parte dos manifestantes pró-governo. O grupo que pede o impeachment rivaliza: “Lula, ministro da Papuda”.

BANDEIRAS E PANELAS EM SP

Já o protesto na Paulista começou na noite de quarta-feira e reuniu 5 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. Na manhã desta quinta-feira, um grupo de cerca de 100 pessoas ocupa a via. Eles gritam palavras de ordem contra o líder petista, como “1,2,3 Lula no xadrez” e “não vai ter posse”, além de pedirem a saída da presidente Dilma Rousseff e apoio ao juiz Sérgio Moro. A maioria está enrolada em bandeiras do Brasil e batem panela.

A Polícia Militar está presente no local e negocia com os manifestantes a liberação de uma faixa para a passagem de ônibus.

Houve bate-boca entre os manifestantes quando começaram os gritos de intervenção militar. A aposentada Maria Eugênia de Assis, de 70 anos, reagiu contra o pedido.

– Eu vivi a ditadura militar e sei bem o que é isso. Eu quero democracia, liberdade e justiça – disse emocionada.

Um outro manifestante que se identificou apenas como “Bronze” passou a madrugada toda protestando na avenida.

– Nós vamos tirar cada um que estiver lá começando pela rainha – disse, referindo-se a presidente Dilma.


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