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Presidente interino, Temer é alvo de protesto na porta de casa

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SÃO PAULO – Cerca de 100 manifestantes do Levante Popular da Juventude fizeram um rápido protesto em frente à casa do presidente da República interino, Michel Temer, no Alto de Pinheiros, na manhã desta quinta-feira. O ato, conhecido como escracho, durou cerca de 30 minutos. Os jovens pintaram com tinta branca no asfalto a frase “QG do Golpe” e estenderam uma faixa com a inscrição “Temer Golpista”. Dilma Rousseff viajou a Nova York nesta quinta-feira para participar da Cerimônia de Alto Nível de Assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na ONU. Com isso, Temer assumiu a presidência. Por volta das 9h45m, uma viatura da base comunitária móvel da Polícia Militar estacionou em frente à casa de Temer. Seis policiais estão isolando a área com grades.

Durante o protesto, os manifestantes também distribuíram cópias de notas de 100 dólares com o rosto do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e espalharam réplicas da capa da Constituição pelo gramado em frente à casa dele. E colaram cartazes nas lixeiras com a foto do vice e a frase “Temer golpista”. Mais de dez seguranças acompanharam a manifestação, que transcorreu em paz. De acordo com Larissa Sampaio, uma das organizadoras do movimento, a data do feriado de Tiradentes foi escolhido num paralelo entre a traição que aconteceu com o líder da Inconfidência Mineira e que estaria sendo repetido por Temer em relação à presidente Dilma.

– Escolhemos o dia de assassinato de Tiradentes, que tem como responsabilidade o traidor Silvério Jardim. É simbólico porque o Temer está traindo governo Dilma ao articular o golpe que está em curso. É uma data simbólica. Estamos convocando a juventude do dia 21 ao 27 para escrachar os golpistas, sejam eles grandes articuladores, até mesmo os deputados que votaram a favor do golpe – explicou Larissa.

O advogado Thiago Barison, que presta serviços para movimentos populares, disse que foi intimidado por um homem à paisana.

– Apareceu uma pessoa com um comportamento estranho, à paisana, de moto. Vi um emblema na mochila dele e achei por bem registrar para saber quem é a empresa de segurança. Ele se revoltou e me ameaçou dizendo que era militar e que era para eu me sentir ameaçado. Disse que iria me processar, não sei pelo quê – disse Barison.


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