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Presidente do PDT diz que quem votar a favor do impeachment será expulso

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BRASÍLIA — O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, reafirmou neste domingo, pouco antes do início da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que quem votar contra a determinação do partido será expulso e os diretórios regionais sofrerão intervenção. Lupi acompanha a sessão de dentro do plenário da Câmara, ao lado do ministro das Comunicações, André Figueiredo, indicado ao cargo pela legenda.

— Todos estão avisados. Tem uma decisão do diretório nacional desde 22 de janeiro, que quem votar diferentemente do que determinou o partido, que é contra o impeachment, estará excluído do partido e cada diretório sofrerá intervenção para podermos fazer com que o partido, em cada estado, esteja alinhado com a decisão de seu órgão maior, que é o diretório nacional do PDT — afirmou Lupi ao GLOBO.

Questionado se ainda estava otimista a respeito do resultado da votação hoje, André Figueiredo relativizou, afirmando ser “legítimo” demonstrar insatisfação, mas disse considerar que derrubar um governo é uma “afronta à democracia”.

— Estamos vendo a mobilização da população brasileira, é legítimo querer demonstrar sua insatisfação, mas derrubar governo é uma afronta à democracia. Nós, no PDT, temos uma história de lutar contra golpes. Foi assim com Getúlio Vargas e com João Goulart. Brizola nos deixou essa herança. Por isso estamos aqui, fechando questão contra o golpe, e esperamos que o Parlamento reflita bem sobre o papel que lhe cabe, que é defender a democracia — afirmou.

Carlos Lupi disse ainda que os deputados que se abstiverem ou que não comparecerem à votação não serão punidos. A expulsão e a intervenção nos diretórios será restrita àqueles que votarem a favor do processo. A bancada tem 19 deputados, sendo que quatro estão a favor do impeachment, seis estão indecisos e nove são contra.

Para o presidente do PDT, o dia seguinte à votação de hoje, seja qual for o resultado, será “muito dolorido”.

— Se nós vencermos, teremos que reconstruir a relação em outras bases, muita coisa vai ter que ser reformulada. E Lula terá um papel fundamental nisto. Se eles vencerem, serão meses de muita imprevisibilidade — afirmou.


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