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PMDB indica Raimundo Lira para o comando da comissão especial

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BRASÍLIA – O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), oficializou nesta tarde os cinco nomes do partido que comporão a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O senador Raimundo Lira (PMDB-PB), como o site de O GLOBO antecipou, foi indicado pelo PMDB para ser o presidente da comissão. Além de Raimundo Lira, são os titulares: Simone Tebet (PMDB-MS), José Maranhão (PMDB-PB), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Waldemir Moka (PMDB-MS).

Como suplentes, foram indicados: Hélio José (PMDB-DF), Marta Suplicy (PMDB-SP), Garibaldi Alves (PMDB-RN), João Alberto (PMDB-MA) e Dário Berger (PMDB-SC).

— O PMDB pode ser, ao final do processo, o beneficiário. Então escolhi a presidência —justificou o líder peemedebista.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que, com a indicação de Lira para o comando da comissão pelo PMDB, o PSDB ficará com a relatoria, com Antonio Anastasia. O PT já disse que não aceita Anastasia por ele ser tucano.

— São dois senadores que são ponderados, têm temperança e terão condições de fazer um julgamento com credibilidade — disse Cunha Lima.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), elogiou a escolha do presidente da comissão. Ele minimizou o fato de Lira já ter declarado antes voto pelo impeachment, e afirmou que o colega é disposto a conversar e ouvir argumentos.

— O Raimundo Lira tem a posição ideal. Ele não tem posição fechada, dialoga com ambas as partes – disse o petista.

A concordância, porém, não se estende à possibilidade de Antonio Anastasia (PSDB-MG) ser o relator. Lindbergh afirmou que, caso isso ocorra, o relatório já será conhecido antes da hora.

— Não concordamos com o senador Anastasia como relator porque o voto é conhecido. Agora viramos juízes e precisamos de imparcialidade — afirmou Lindbergh.

Como maior partido, o PM,DB tem o direito de escolher o comando da comissão de 21 membros ou a relatoria. O grupo do vice-presidente Michel Temer chegou a indicar o próprio Eunício como relator, mas ele recusou. Segundo líderes de outros partidos, Eunício já havia comentado a possibilidade. Mas os nomes indicados pelos partidos têm que ser eleitos pelos 21 membros da comissão.

Segundo placar de O GLOBO, Raimundo Lira que era favorável ao impeachment passou a ser indeciso.

Pressionado e criticado pelos partidos pró-impeachment, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recuou e aceitou ontem o pedido do senador Aécio Neves (PMDB-MG) de marcar, para a próxima segunda-feira, a eleição da comissão especial. A sessão de segunda-feira começará às 16h.

Também participarão pelo bloco da oposição como titulares os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Foram indicados como suplentes os senadores Tasso Jeressati (PSDB-CE), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Paulo Bauer (PSDB-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Foram indicados também pelo senador Fernando Collor (PTC-AL) os representantes do bloco PR/PTB/PSC/PRB/PTC: Wellington Fagundes (PR-MT), Zezé Perrella (PTB-MG) como titulares e Eduardo Amorin (PSC-SE) e Magno Malta (PR-ES).


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