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PM fecha arredores de escola ocupada em SP; alunos prometem ficar

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SÃO PAULO. A Polícia Militar fechou, na manhã desta segunda-feira, as ruas nos arredores do Centro Paula Souza (CPS), na região da Luz, no Centro de São Paulo. Alunos ocupam o local desde a tarde da última quinta-feira e prometeram resistir até que a reivindicação deles, por merenda escolar de qualidade, seja atendida. Os alunos também protestam contra a máfia da merenda escolar e os cortes nos repasses para a educação. A Justiça de São Paulo determinou a reintegração de posse do local, mas ela não deve acontecer logo. A PM afirma estar tentando dialogar com os alunos. Ainda não houve visita do Oficial de Justiça no local para entregar o mandado que determina a saída dos jovens.

Em assembleia realizada esta manhã, eles prometeram manter a ocupação até que tenham não apenas lanche, mas também almoço. Funcionários do Centro Paula Souza foram impedidos pelos alunos de entrar para trabalhar no local. O CPS é uma autarquia do governo estadual, ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). O prédio ocupado reúne a administração central do Centro Paula Souza, a Etec (escola técnica) Santa Ifigênia e o Centro de Capacitação.

Os funcionários do prédio estão do lado de fora do CPS. Os terceirizados reclamam que, se não conseguem entrar, recebem desconto no salário, porque o dia é considerado pela empresa um período não trabalhado.

Além do Centro Paula Souza, a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, também está ocupada. A escola foi uma das primeiras a ser ocupada durante um protesto de estudantes contra a reorganização escolar proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), entre novembro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016. Estudantes que ocuparam a Fernão Dias dizem que a Secretaria da Educação descumpriu ordem da Justiça de suspensão da reorganização escolar em 2015 e fechou salas de aula em algumas escolas.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação repudiou a ocupação das duas escolas e disse que o ato representa um desrespeito ao bom senso e prejudica estudantes, professores e funcionários. O texto ainda informa que 95% das Etecs e 100% das escolas estaduais oferecem alimentação de graça. A Secretaria afirma também que não há qualquer processo de reorganização sendo executado e que nenhuma escola foi fechada e desativada.

O CPS disse, em nota divulgada na sexta-feira, que todas as Etecs de São Paulo vão oferecer merenda aos alunos a partir desta semana.


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