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Permanência no Ministério da Saúde depende de Dilma, afirma Marcelo Castro

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BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Marcelo Castro, pretende permanecer no cargo, caso a presidente Dilma Rousseff dê sinal verde para ele continuar. Seu partido, o PMDB, desembarcou do governo e há especulações de que o ministério, um dos mais visados na Esplanada, seja oferecido a outro partido em troca de apoio à presidente na luta contra o impeachment. Segundo Castro, as ações da pasta – como as de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chicungunha e zika – são mais importantes que a posição do PMDB.

Questionado se ficaria no cargo, ele respondeu:

— Isso é uma situação que depende da presidenta Dilma Rousseff. A presidenta do país é que tem a prerrogativa de nomear e exonerar o ministro dependendo do entendimento dela, evidentemente dialogando com os partidos.

Perguntado em seguida se, no caso de Dilma decidir mantê-lo no cargo, ele continua ministro, mesmo correndo o risco de sofrer um processo disciplinar no PMDB, Castro disse:

— Eu tenho uma vida inteira no meu partido, o PMDB. Estou exercendo o meu oitavo mandato. Todos os mandatos pelo PMDB. Tenho um grande respeito pelo presidente do nosso partido, Michel Temer. Mas evidentemente que neste momento estamos comprometidos com esse trabalho que estamos fazendo à frente do Ministério da Saúde, neste momento difícil que o país está vivendo, de epidemia de dengue, de chicungunha, de zika, de microcefalia, de síndrome de Guillain-Barré. Então esta hora é a hora mais necessária de continuarmos nosso trabalho. E é esse o entendimento que eu tenho.

Indagado sobre a decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que a Câmara também abra um processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer, Marcelo Castro afirmou:

— Decisão do Supremo não se discute.

O ministro participou na manhã desta quarta-feira de ação de combate ao Aedes aegypti em uma escola em Brasília, acompanhado do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, e outras autoridades. Ao final, procurado novamente pela imprensa, o ministro disse:

— Hoje, eu já falei além do que deveria. Agora, de boca fechada.


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