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Panelaços tomam as principais cidades do país após conversa telefônica entre Dilma e Lula

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RIO – Após a divulgação da conversa telefônica entre a presidente Dilma e do ex-presidente Lula, fortes panelaços estão sendo escutados em algumas das grandes cidades do país. Desta vez, diferente dos mais frequentes quando a presidente se pronunciava na televisão, os da noite desta quarta-feira estão durando mais de uma hora e seguem em forte intensidade.

No Rio de Janeiro, o protesto foi registrado, na Zona Oeste, na Barra da Tijuca e na maioria dos bairros da Zona Sul, como Ipanema, Leblon, Laranjeiras, Botafogo, Gávea, Jardim Botânico e Copacabana, onde o barulho das panelas também é seguido de gritos como “Fora, Lula”. No Flamengo e no Humaitá, também estão sendo registrados alguns “buzinaços” e gritos de “Pega, ladrão” feitos pelos moradores. Também há registros na Zona Norte, como na Tijuca, no Méier, no Cachambi e na Ilha do Governador, onde os moradores do bairro Jardim Guanabara estão fazendo barulho de suas casas e piscando as luzes dos imóveis.

Em São Paulo, na Avenida Paulista, centenas de pessoas se concentram na frente do Masp e há coros de “Lula na cadeia”, “Ei, PT, o golpista é você!”, “Renuncia, renuncia!” e “Moro!”, o que bloqueou a pista desde as 19 horas. Uma carreata partindo de Alphaville, na Grande São Paulo, se dirige ao local e também há registros de panelaços em bairros como Higienópolis, Jardins, Vila Olímpia, Itaim e em Moema, mais moderadamente.

Em Belo Horizonte, como no bairro de Buritis, em Salvador, Porto Alegre, Caxias do Sul, Florianópolis e em São Luís do Maranhão também se registram grandes panelaços. Em Curitiba, o barulho também é bem intenso e o prédio da Justiça Federal chegou a ser cercado por centenas de pessoas que prestam solidariedade ao juíz Sérgio Moro e aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato. Na Avenida Boa Viagem, no Recife, um grupo tomou a rua e pede o impeachment de Dilma.

Entenda o protesto

A ação, articulada pelas redes sociais por diversos grupos contrários ao governo de Dilma Rousseff, como o Movimento Brasil Livre (MBL), estava previamente para acontecer às 20h30, durante a divulgação de Lula como o novo ministro da Casa Civil no Jornal Nacional. Porém, a divulgação da Polícia Federal antecipou o manifesto.

A Polícia Federal em Curitiba divulgou nesta quarta-feira uma gravação telefônica que indica que a presidente Dilma Rousseff agiu para tentar evitar a eventual prisão do ex-presidente Lula. Na conversa, Dilma diz que encaminharia previamente ao petista o “termo de posse” de ministro.


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