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Oposição quer que MP investigue atuação de Lula

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BRASÍLIA – Os partidos de oposição pró-impeachment resolveram acionar a Polícia Federal em três frentes para cobrar investigações sobre a pressão do governo sobre os deputados. O líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), apresentou a anunciada notícia-crime contra a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula, seis ministros e quatro governadores, para se “coibir delitos” cometidos, como nomeações e atendimento de pleitos de parlamentares em troca de apoio à permanência da petista na Presidência. Já o líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy (BA), representação junto à Procuradoria da República no Distrito Federal solicitando a abertura de inquérito policial e pedindo busca e apreensão de provas no hotel onde Lula está hospedado na capital. Segundo o tucano, Lula está promovendo ações “pouco republicanas” no hotel para evitar o impeachment.

A notícia-crime será protocolada na Superintendência da Polícia Federal pelos advogados do partido. A ação cita os ministros José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União), Aloizio Mercadante (Educação). Eva Chiavon (Casa Civil), Eugenio Aragão (Justiça), Jaques Wagner (ministro-chefe do Gabinete da Presidência) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação). E ainda os governadores,

O documento cita os governadores Waldez Goes (AP), Ricardo Vieira Coutinho (PB); Camilo Santana (CE), Wellington Dias (PI). Os advogados não citaram Flávio Dino (MA) e Rui Costa (BA), que estão atuando, mas dizem que a ação pode englobar a todos os governadores que atuarem na cooptação de cargos.

O documento traz paginas do Diário Oficial deste sábado, com várias nomeações, “tendo como único objetivo nomear ocupantes de cargos em troca de votos”. A acusação é de corrupção passiva, ativa, emprego irregular de verbas públicas, usurpação da função pública, tráfico de influência.

— É uma notícia-crime contra a barganha de votos. Isso ocorre há 24 horas da votação do impeachment — disse Pauderney.

No caso de Lula, o tucano Imbassahy disse que há “relatos” de ações pouco claras do ex-presidente no hotel. Mas não detalhou quais seriam.

— São ocorrências não republicanas, uma oferta de cargos e ministérios. Queremos busca e apreensão no hotel — disse Imbassahy.

A terceira ação é pedido para que a Polícia Federal tome medidas cabíveis contra o bloqueio de rodovias pelo MST, entre outros movimentos sociais.


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