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Nova fase da Lava-Jato tem marqueteiro João Santana como alvo

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RIO — A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta segunda-feira, a 23ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de “Acarajé”. Cerca de 300 agentes cumprem 51 mandados, sendo 38 de busca e apreensão, 2 de prisão preventiva, 6 de prisão temporária e 5 de condução coercitiva. As ações acontecem em três estados. No Rio, agentes estão na capital, em Angra, Petrópolis e Mangaratiba. Também há cumprimento de mandados na capital paulista, em Campinas e Poá. Na Bahia, os policiais federais atuam em Salvador e Camaçari.

O publicitário João Santana é um dos alvos desta etapa. Ele foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Há mandado de prisão temporária expedido contra ele. Santana está no exterior e não foi preso.

Também há mandado de prisão preventiva contra o engenheiro Zwi Skornicki, que é suspeito de operar proninas no esquema da Petrobras. A polícia esteve na casa dele, no Rio.

A PF também esteve nas sedes da Odebrecht em São Paulo e no Rio. Pelo menos quatro carros da PF estão na Avenida Pasteur, em Botafogo, no Rio, onde está a sede da Odebrecht Óleo e Gás.

Pelo menos quatro carros da PF estão na Avenida Pasteur, em Botafogo, no Rio de Janeiro. No mesmo local, está a sede da Odebrecht Óleo e Gás. Agentes também estão na sede da empresa em São Paulo.

No sábado, João Santana se colocou à disposição para prestar esclarecimentos à força tarefa da Lava-Jato após o juiz Sérgio Moro negar a seus advogados o acesso às investigações envolvendo o publicitário. Santana comandou as três últimas campanhas do PT à Presidência — da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006.

Em ofício encaminhado ao juiz Sérgio Moro, o criminalista Fabio Tofic, que representa o publicitário e sua mulher e sócia, Mônica Moura, afirmou que os dois estão dispostos a prestar esclarecimentos em qualquer investigação que envolva os seus nomes. Tofic afirma que o casal “foge completamente ao perfil de investigados” na Operação Lava-Jato.

Os investigadores da Lava-Jato encontraram indícios de pagamentos da construtora a João Santana em contas no exterior. A força-tarefa investiga se esses recursos são relativos a campanhas presidências no Brasil e no exterior.

A operação foi denominada “Acarajé”, segundo a PF, pois faz alusão ao termo utilizado por investigados para denominar dinheiro em espécie.

A última fase da Lava-Jato foi deflagrafa no dia 22 de janeiro e teve como alvo de investigação a abertura de empresas no exterior e a compra de apartamentos no Condomínio Solaris, no Guarujá.


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