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Único de dez irmãos que fazia faculdade está entre as vítimas do acidente que matou 18 pessoas

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GUARUJÁ (SP) – O cearense Damião Braz, de 33 anos, chegou em Barra do Una há 15 anos à procura de uma vida melhor. Hospedou-se na casa de uma das irmãs. Trabalhou como cozinheiro e pedreiro. Resolveu fazer engenharia na Faculdade de Mogi das Cruzes para se especializar e dar uma vida melhor para o filho, hoje com 12 anos. Teve o sonho interrompido pela tragédia com o acidente com um ônibus, que capotou com 42 pessoas na rodovia Mogi-Bertioga, por volta das 23h de quarta-feira, em Bertioga, no litoral paulista. Damião é um dos 18 mortos

– Ele é o primeiro da família a fazer faculdade. Veio tentar uma vida melhor. Minha avó está atrasada – chora a sobrinha de Damião, Jessica Maiara Braz, de 19 anos, no IML do Guarujá.

Com a foto de Damião sobre um cavalo, Jessica lembra de um tio que adorava animais, ia todo ano de carro para o Ceará ver a mãe, dona Margarida, de 55 anos, e tocava violão. Sentirá falta de seus acordes.

– A esposa dele está dopada e o filho em choque – lamenta ela.

Um grupo formado de três assistentes sociais, um psicólogo e uma psiquiatra está acompanhando os parentes das vítimas. Segundo o IML, cinco corpos já foram liberados. Nem todos os familiares chegaram ao local para fazer o reconhecimento.

– Não há palavras para definir essa dor. Cada um tem a sua, mas perder um parente desta forma dói a alma – afirma a secretária da Secretaria de Desenvolvimento e assistência social Maria Angélica de Araújo.


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