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MPF pede prisão preventiva de empresário e de ex-secretário ligados ao PT

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CURITIBA – O Ministério Público Federal (MPF) suspeita que o empresário Ronan Maria Pinto utilizou duas offshores no nome de um de seus filhos para esconder seus rendimentos. Os procuradores utilizaram esse argumento para pedir nesta terça-feira a prisão preventiva de Ronan, sem prazo para terminar. O MPF também quer que Silvio Pereira fique mais tempo preso.

O juiz Sérgio Moro deverá analisar o pedido do MPF ao longo do dia. Na última sexta-feira, ele havia decretado a prisão temporária de Ronan e Sílvio por cinco dias – prazo que vence nesta terça-feira. Os dois investigados pela 27ª fase da Operação Lava-Jato foram ouvidos pela Polícia Federal nesta segunda-feira e negaram as acusações. As defesas de ambos esperam que eles saiam da prisão.

Ao fundamentar o pedido de prisão de Ronan, os procuradores argumentam que foi apreendida, em uma gaveta fechada na sala de Ronan no Diário do Grande ABC, documentação das offshores Topanga Hills Lot e Manper Corporation. As empresas estão em nome de Danilo Regis Fernando Pinto. Para saber se essas offshores foram declaradas à Receita, o MPF pediu também ao juiz Moro a quebra do sigilo bancário e fiscal de Danilo nos últimos seis anos.

“A utilização de contas secretas em nome de offshores no exterior é expediente comum para o fluxo de recursos de origem espúria. Assim, há possibilidade de concreta de que as offshores em nome de Danilo Pinto possam ser utilizadas para a prática de crime por Ronan Maria Pinto, já condenado em primeira instância pelo pagamento de vantagem indevida a agentes públicos”, escreveu o MPF.

Os procuradores também citam a apreensão de documentação relacionada a outra offshore do Panamá, a World Business Consultants INC, ao lado do nome um procurador. A empresa foi aberta em abril de 2005 no Panamá, e tem sede em alguns paraísos fiscais, como Ilhas Virgens Britânicas, Bahamas, Belize e São Cristóvão e Neves.

Com relação a Silvio Pereira, os procuradores apresentaram uma troca de e-mails em que o ex-secretário-geral do PT mostra sua preocupação em ser preso. No texto, ele diz que é “uma maluquice” a delação do operador Fernando Moura, que o acusa de receber um “cala-boca” de empreiteiras. A mensagem revela a mensagem de Silvio fechar uma de suas empresas, a DNP.


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