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MPF oferece denúncia contra o marqueteiro João Santana

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CURITIBA – O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra o marqueteiro João Santana, a mulher dele, Mônica Moura, e outras seis pessoas nesta segunda-feira. O pedido ainda não foi avaliado pelo juiz Sérgio Moro, que encaminhou toda a investigação para o Supremo Tribunal Federal (STF) junto com as planilhas que indicavam pagamentos da Odebrecht a centenas de políticos.

Como o casal Santana não tem foro privilegiado, o STF pode devolver parte do processo para a 13ª Vara da Justiça Federal, em Curitiba. Caso isso aconteça, Moro seria o responsável por avaliar se aceita a denúncia feita pelo MPF. Santana e Mônica estão presos desde 23 de fevereiro na sede da Polícia Federal e devem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, manutenção de valores não declarados no exterior, corrupção passiva e organização criminosa.

Indiciados pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira, eles são acusados de receber da Odebrecht R$ 21,5 milhões no Brasil após as eleições de 2014 e US$ 3 milhões por meio de contas secretas no exterior. O casal também é acusado de receber US$ 4,5 milhões de Swi Skornicki, apontado como operador de pagamento de propinas para funcionários da Petrobras em nome do estaleiro Keppel Fels, dono de contratos milionários com a estatal.

Em depoimento aos policiais, Santana e Mônica negaram os crimes. Semanas depois, Mônica começou a negociar um acordo de delação premiada com a Justiça. A defesa do marqueteiro alega que tanto os valores recebidos pela Odebrecht, quanto aqueles doados por Skornicki são pagamentos de campanhas eleitorais realizadas no exterior – Santana trabalhou em Angola, Venezuela e República Dominicana.


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