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Moro homologa acordo, e Andrade Gutierrez aceita pagar R$ 1 bilhão

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SÃO PAULO — A Justiça Federal homologou, nesta quinta-feira, acordo de leniência com a Andrade Gutierrez, segunda maior construtora do país. Além de fornecer provas à investigação da Operação Lava-Jato, a empresa se comprometeu a pagar R$ 1 bilhão à União como ressarcimento pelos crimes cometidos em contratos com o poder público. Essa é a maior indenização já paga por uma empreiteira em acordos do tipo.

A empresa começou a negociar a colaboração com o Ministério Público Federal em outubro de 2015. Os executivos se comprometeram a revelar detalhes de contratos vencidos pela empreiteira em obras da hidrelétrica Belo Monte, da Usina nuclear Angra 3, da Ferrovia Norte-Sul e de estádios da Copa do Mundo.

Além disso, o ex-presidente da Andrade, Otávio Marques de Azevedo, e o ex-executivo Flávio Barra disseram, em suas delações, que a propina por obras superfaturadas feitas pela empresa foi paga na forma de doações legais às campanhas presidenciais de Dilma Rousseff.

A Andrade Gutierrez publicará, na edição desta segunda-feira de alguns dos principais jornais do país, um pedido de desculpas e um apanhado de oito propostas para a relação do poder público com suas contratantes. No texto, a empresa diz que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia homologado acordos de delação premiada de seus executivos, como o ex-presidente da companhia Otávio Azevedo, e que agora também foi fechada a leniência.

“É o momento de a empresa vir a público e admitir, de modo transparente perante toda a sociedade brasileira, seus erros e reparar os danos causados ao país e à própria reputação da empresa”, diz o texto.

O grupo afirma ter iniciado um sistema de compliance (controle interno) desde dezembro de 2013:

“Reconhecemos que erros graves foram cometidos nos últimos anos e, ao contrário de negá-los, estamos assumindo-os publicamente”.


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