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Ministro da Saúde também deve deixar o governo Dilma

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BRASÍLIA — Depois de mais dois ministros do PMDB, Eduardo Braga (Minas e Energia) e Hélder Barbalho (Portos), entregarem seus cargos à presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira, o penúltimo deles a permanecer no governo, Marcelo Castro (Saúde), também deverá deixar sua pasta na próxima segunda-feira. Caso isto se confirme, a única remanescente do grupo de sete peemedebistas que ocupavam a Esplanada será a ministra da Agricultura, Kátia Abreu.

Celso Pansera, que foi exonerado do Ministério da Ciência e Tecnologia na semana passada para retomar seu mandato de deputado e votar contra o impeachment da presidente no último domingo, já comunicou ao governo que não retornará ao cargo.

A decisão de Castro e de Pansera foi tomada após conversa com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), que os comunicou que a bancada retirou o respaldo às indicações de seus nomes após a votação do impeachment. Como a bancada de deputados decidiu, por ampla maioria, apoiar o afastamento de Dilma Rousseff, Picciani considerou que a permanência no governo não seria coerente.

– Conversei com Marcelo Castro e Celso Pansera e disse que achava que eles não deveriam ficar, porque tinham sido indicados pela bancada e, nesse momento, não há mais respaldo da bancada. Eles já cumpriram as responsabilidades deles com o governo e com o país e, agora, devem retornar à Câmara – disse Picciani ao GLOBO.

Pansera acatou a sugestão imediatamente, mas Marcelo Castro ainda resistiu. Segundo relatos, ele estaria preocupado em descumprir obrigações no governo, já que diversos programas em andamento ainda não foram finalizados, como o lançamento, na próxima semana, da campanha contra a gripe e o resultado de pesquisa sobre combate ao aedes aegypti.

A bancada de 65 deputados do PMDB tem mantido conversas com o vice-presidente Michel Temer e já especula sobre a participação que terá em seu eventual governo, caso o impeachment seja confirmado no Senado.

– A bancada, se ocorrer de Temer assumir, estará unida para apoiá-lo. Ele sabe os espaços que a bancada tem e vai saber prestigiá-la – pontuou Picciani.


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