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Marcelo Odebrecht aceita fazer delação premiada

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SÃO PAULO — O empreiteiro Marcelo Odebrecht, presidente licenciado da holding Odebrecht, aceitou colaborar com as investigações da Lava-Jato. O empresário que estava resistente a um acordo cedeu após os investigadores revelarem que a empreiteira mantinha um setor específico para pagar propina. Fontes ligadas à força tarefa da Lava-Jato afirmaram, na noite desta terça-feira, que não há acordo.

As conversas com a Lava-Jato já duram duas semanas e, neste período, Marcelo Odebrecht esteve pelo menos três reuniões com delegados da Polícia Federal. Em todas, os investigadores afirmaram que a proposta era “inaceitável”, como relatou um investigador ao GLOBO.

O empresário, que está preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, recebeu uma autorização especial para falar todos os dias com seus advogados reservadamente por duas horas. A concessão só é dada a investigados da Lava-Jato que assumem a vontade de colaborar.

O empreiteiro baiano sempre negou a intenção de fazer um acordo. Marcelo está preso desde junho do ano passado. Em setembro, ele disse à CPI da Petrobras que “dedurar” não estava entre seus “valores morais”. “Na infância, eu talvez brigasse mais com quem dedurou do que quem fez o fato”, afirmou.

Em nota, a Odebrecht disse que “as avaliações e reflexões” levaram a Odebrecht a decidir por uma colaboração “definitiva” com as investigações da Operação Lava-Jato:

“A empresa, que identificou a necessidade de implantar melhorias em suas práticas, vem mantendo contato com as autoridades com o objetivo de colaborar com as investigações, além da iniciativa de leniência já adotada em dezembro junto à Controladoria Geral da União. Esperamos que os esclarecimentos da colaboração contribuam significativamente com a Justiça brasileira e com a construção de um Brasil melhor”.


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