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Manifestantes se concentram para protesto pró-Dilma em Brasília

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Manifestantes se concentram em torno do estádio Mané Garrincha, de onde sairá a marcha em defesa da presidente Dilma Rousseff. Sete carros de som já estão no local. Militantes discursam contra o “golpe”, referindo-se ao processo de impeachment em curso na Câmara, enquanto ressaltam a importância de programas sociais, como o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida. Por volta das 16h20, a Polícia Militar estimou um público de cerca de 9 mil pessoas no local.

Os manifestantes receberam coletes vermelhos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e água em um espaço montado pela entidade. Outras centrais sindicais apoiam o ato, além de movimentos sociais, como o de Trabalhadores Rurais Sem Terra, e associações de classe.

Em um dos carros de som, o juiz Sérgio Moro, de Curitiba, aparece em um cartaz que o chama de golpista. Há caravanas de cidades de todas as regiões do país. Dezenas de ônibus se enfileiram no local, trazendo manifestantes. A referência ao golpe de 1964 é mencionada nos discursos e faixas. A ideia é colocar 100 mil pessoas em Brasília hoje, como um contraponto ao enfraquecimento do governo Dilma.

Embora os gritos de “Não vai ter golpe” unifiquem os manifestantes em defesa da presidente Dilma Rousseff, cada um traz razões particulares para participar do ato. O estudante Pedro Eguti, de 17 anos, considera que a tentativa de tirar Dilma é uma reação à distribuição de renda no país.

— Os resultados dos governos Lula e Dilma estão aparecendo agora. Negros, mulheres, gays estão tendo mais direitos. Há educação para mais gente. Mas uma parte não aceita essas mudanças — diz Pedro, com uma camiseta com o rosto de Dilma.

A camiseta de Laudivo Fischer é azul, que remete ao PSDB, principal partido de oposição. Mas ele se apressa em explicar que se trata da cor da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Estado de Santa Catarina, entidade da qual é secretário-geral. Com 38 ônibus de sindicatos ligados à federação, ele veio de Santa Catarina a Brasília por temer mudanças nas leis trabalhistas:

— Sabemos que as mudanças na CLT, que trarão perdas aos trabalhadores, são uma bandeira do PMDB, do PSDB. E nós não aceitamos isso. Com Dilma no poder, acreditamos que os direitos do trabalhador estão mais assegurados.


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