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Manifestantes protestam no Planalto contra nomeação de Lula

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BRASÍLIA — Dois mil manifestantes favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, fazem um protesto na entrada do Palácio do Planalto contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o ministério da Casa Civil. Os organizadores estimam em 2,5 mil pessoas. A via em frente ao Planalto está parcialmente interditada. A PM chegou a usar lacrimogêneo para dispersar um inicio de discussão com grupo pró-Lula, que também está no local.

Cerca de 30 parlamentares participaram do início da manifestação. Eles carregavam uma faixa com uma frase dita pelo próprio Lula em 1988: “Quando um pobre rouba, vai para a cadeia; mas quando um rico rouba, ele vira ministro”. Eles tentaram entrar no Palácio do Planalto e houve um princípio de tumulto com seguranças. Após alguns minutos com os parlamentares espremidos contra a grade colocada no local, permitiu-se que eles entrassem e deixassem a faixa na guarita de acesso. Parte da imprensa que acompanhava o protesto, porém, foi barrada pelos seguranças.

O líder do DEM, Pauderney Avelino (PA), tratou a nomeação de Lula como um “escárnio”, pelo fato de ele ser investigado na Operação Lava-Jato. Com a posse, o processo de Lula sairá das mãos do juiz Sérgio Moro e subirá para o Supremo Tribunal Federal (STF).

— É um escárnio, um tapa na cara do povo. E aqui a segurança terá que ser reforçada agora com o Lula — ironizou Pauderney.

Além dos deputados, um grupo que se organizou a manifestação pelas redes sociais também protesta em frente ao Planalto. Uma das faixas pede que os motoristas que passam pelo local buzinem se concordam que Lula seja preso. Vários tem buzinado.

O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi hostilizado e teve que deixar a manifestação.

— Eles acham que eu sou contra o impeachment. Mas até nas insurreição existem pessoas estúpidas e burras — afirmou Marun.

Três faixas de trânsito estão bloqueadas. Um grupo pequeno manifesta-se a favor de Dilma e Lula. A polícia isola os grupos contrários. Os principais gritos são contra o ex-presidente e agora ministro da Casa Civil.

A segurança da parte de frente do Planalto foi reforçada por homens do Batalhão da Guarda Presidencial, do Exército. O efetivo de seguranças civis também foi aumentado.


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