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Manifestantes protestam contra o governo na avenida Paulista

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SÃO PAULO – Após a divulgação pelo juiz Sergio Moro dos áudios de conversas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, muitos manifestantes foram às ruas em São Paulo, incrementando um movimento que comeou espontaneamente durante a tarde. Na Avenida Paulista, parte delas se concentrou na frente do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e também diante do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde um painel de luzes que cobre a fachada do edifício leva uma tarja preta, com os dizeres: “Renúncia já”.

A avenida está fechada desde o cruzamento com a rua Peixoto Gomide até a rua Joaquim Eugênio de Lima. A Polícia Militar, que está na região, disse que será preciso interromper o trânsito em um trecho maior.

Na Fiesp, um palco improvisado recebe líderes de movimentos, que gritam palavras de ordem contra o governo e o ex-presidente. Muitos gritam o nome do juiz Sergio Moro.

Danilo Amaral, do movimento Acorda Brasil, disse que a situação está um caos:

—Extrapolaram todos os limites. Extrapolaram todos os limitesEstávamos nos organizando para parar tudo.

Com gritos de Lula no xadrez e Lula na cadeia, paulistanos caminham pela Avenida Paulista pedindo a saída de Dilma Rousseff da presidência. Para o médico Pedro Cintra, de 49 anos, o juiz Sérgio Moro é a solução para o país.

— Não dá mais. A gente cansou. Isso aqui é a luz do horizonte – diz ele, apontando para a multidão, que puxa um grito de “A nossa bandeira jamais será vermelha”

Débora Carneiro, de 30 anos, servidora pública, seguiu na mesma linha, criticando a presidente:

— Dilma quer continuar na presidência? Ok. Mas dar ministério para Lula? Chega. Estão todos comprados. O mínimo que o povo pode fazer é isso aqui. Vir para a rua.

Enquanto isso, em frente ao Tuca, na Zona Oeste de São Paulo, os gritos são de “Não vai ter golpe” e “Lula, guerreiro do povo brasileiro”. O teatro está lotado e parte dos espectadores assiste ao ato por meio de um telão instalado na calçada. A via está interrompida entre as ruas Bartira e João Ramalho.


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