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Manifestantes fazem ato no Rio a favor de Dilma e Lula

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RIO – Manifestantes se reúnem na Praça XV, no Centro do Rio, na noite desta sexta-feira em um ato em favor do governo Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Eles gritam “não vai ter golpe”, “Lula, Lula” e bradam contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entoando “fora, Cunha”. Há cartazes pela candidatura de Lula em 2018 e contra o juiz Sérgio Moro. Em um estava escrito “Moro exonerado” e em outro “Fora Moro”. A manifestação é animada por shows como do cantor Geraldo Azevedo. Atrizes como Letícia Sabatella também marcam presença. Ela defendeu a reforma política e leu um poema no palco montado ao lado do Paço Imperial.

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Políticos e artistas presentes no ato dizem que a democracia brasileira está ameaçada. Para eles, há uma tentativa de golpe.

O deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos principais defensores do ex-presidente Lula, chamou de “fascista” o juiz Sergio Moro. O petista também afirmou que o processo de impeachment é presidido pelo “bandido” do deputado “Eduardo Cunha.

A atriz Bete Mendes defendeu o mandato de Dilma:

— Nós lutamos por esse direito de ter o governo que elegemos. Queremos a presidente Dilma até o final de seu governo.

Um boneco de Olinda representando o ex-presidente Lula subiu no palco e foi saudado com gritos de “não vai ter golpe”.

Apesar de seu partido ser oposição ao governo, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) compareceu no ato e criticou o PMDB, fazendo referência ao documento “Uma Ponte Para o Futuro”, apresentado pelo vice-presidente Michel Temer:

— Está ameaçado nosso direito de divergir. A história não admite omissão. A ponte para o futuro nada mais é do que um retrocesso.

Hermes Alves, mecânico, de 64 anos, trouxe um cartaz de Moro como Hitler. Ele veio de Duque de Caxias.

– A lei não tem ponto final, é vírgula. Ele pensou que estava acima da lei. Ele é nazista – disse.

Um boneco grande de Lula foi trazido para a manifestação e colocado no palco. Além dos cartazes contra Moro, há um banner que diz “repudiamos o golpe e a quebra da legalidade”. Um ambulante aproveita o ato para vender bandeiras do Brasil a R$ 10.

Um palco foi montado ao lado do Paço Imperial. Um dos organizadores pediu que os manifestantes não respondam a provocações. Muitos foram vestidos de vermelho e usam adesivos a favor do governo. Há ainda muitas bandeiras de movimentos sociais.

Ônibus que trouxeram moradores de Maricá para a manifestação contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Praça XV, foram estacionados em dois pontos da Glória, na Zona Sul: no Aterro do Flamengo, altura da Praça Paris, e na Rua da Glória. Quatro motoristas disseram ao Globo que vieram de Maricá – um deles saiu de Itaipuaçu, distrito da cidade. Segundo um dos motoristas, “vários ônibus” vieram da cidade. O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), divulgou um vídeo convocando moradores para a manifestação. Os motoristas não souberam dizer se os passageiros eram servidores do município e se as empresas de transporte foram contratadas pela prefeitura.

Na Cinelândia, um pequeno grupo de manifestantes a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff se reuniu na escadaria da Câmara dos Vereadores.

— Esta é a manifestação das pessoas de bem — disse um dos manifestantes. O policiamento foi reforçado no local.


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