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Manifestantes bloqueiam vias e estradas contra impeachment em ao menos 11 estados

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SÃO PAULO – A dois dias da votação do impeachment, manifestantes fazem protestos a favor da presidente Dilma Rousseff em São Paulo, na manhã desta sexta-feira. Por volta das 7h, um grupo chegou a bloquear totalmente a Rodovia dos Imigrantes, na chegada à capital paulista. Outras dezenas de pessoas ocuparam a Ponte das Bandeiras, na região central da cidade. Esse protesto evoluiu para a ocupação de duas pistas da Marginal Tietê, provocando um verdadeiro nó no trânsito de São Paulo. A via foi liberada por volta das 9h. Foram registrados atos também em outros 10 estados: Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e Rio Grande do Sul de acordo com o G1. Em boa parte deles, manifestantes ligados ao MST levaram ao fechamento, ainda que parcial, de vias, levando a congestionamentos.

Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) fecharam o km 15 da Imigrantes, na região de Diadema. Minutos após o início do ato, o grupo liberou parcialmente a pista. Eles levaram um carro de som para a rodovia. Os motoristas enfrentavam congestionamento até o km 20.

O protesto que começou na Ponte das Bandeiras, que se estendeu à marginal, foi organizado por integrantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O foco deste protesto é o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha — uma faixa de “Fora Cunha” foi estendida no local.

Em Porto Alegre (RS), manifestantes realizam um ato pró-governo chegando a bloquear a ponte do Guaíba no sentido Interior-Capital por volta das 8h. Em seguida, o grupo que carregam bandeiras da Fetraf-Sul, CUT, Via Campesina e do PT, seguiram pelas avenidas Sertório e Farrapos, onde se encontraram com integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Por volta das 8h30, os primeiros coletivos já chegavam à Estação da Lapa, um dos principais terminais da capital baiana. Apesar dos passageiros estarem esperando há muito tempo, e longas filas terem se formado, não houve registro de confusão no local. Mesmo após o retornos dos ônibus, por volta das 9h ainda era possível ver pontos de ônibus cheios.

Já os atos de Vitória complicaram o trânsito. Pequenas concentrações de manifestantes pró-impeachment bloquearam, pelo menos, uma via em cada local.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais de Mato Grosso do Sul (MST-MS) fechou trechos das principais rodovias federais que cortam o estado. Houve bloqueios na BR-262, na BR-163 e na BR-267, além de interdições nas cidades de Terenos, Mundo Novo e Nova Andradina. Os bloqueios começaram no início da manhã e ainda afetavam as cidades até o início da tarde.

Em Mato Grosso, manifestantes ligados ao MST fecharam três rodovias. Bloqueios de uma hora ocorreram em trechos de BR-174, BR-364 e BR-070. No fim da manhã, as manifestações já tinham acabado.

No Paraná, manifestantes ligados à Frente Brasil Popular realizaram seis bloqueios de rodovias federais. No momento, cinco seguem obstruídas como protesto em defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff. O bloqueio mais próximo de Curitiba já foi desmobilizado e aconteceu no quilômetro 100 da BR-277. Cerca de cem manifestantes do Movimento Popular de Moradia interromperam os dois sentidos da rodovia, entre as 6h e as 8h, provocando congestionamento de cerca de dez quilômetros.

Os outros cinco pontos seguem ocupados por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sem previsão de liberação. A maior manifestação reúne cerca de mil pessoas em Nova Laranjeiras, na altura do quilômetro 476 da BR-277. No quilômetro 568, em Cascavel, cerca de 500 pessoas bloqueiam o trânsito. Já no quilômetro 704, em São Miguel do Iguaçu, a interrupção da via é feita por cerca de 150 manifestantes. A região norte do Paraná tem duas rodovias interrompidas. Em Mauá da Serra, cerca de 400 integrantes do MST protestam no quilômetro 295 da BR 376. Já no município de Jacarezinho, 200 manifestantes ocupam o quilômetro 1 da BR-153.

Em Minas, os dois sentidos da BR-050 foram liberados por volta das 10h desta sexta-feira (15), depois que cerca de 300 manifestantes sem-teto e sem-terra bloquearam a rodovia próxima ao assentamento do campus Glória, que pertence à Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A manifestação começou às 8h.


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