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Lula tem os sigilos fiscais e bancários quebrados pela Lava-Jato

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SÃO PAULO — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve os sigilos bancário e fiscal quebrados por ordem do juiz Sérgio Moro no dia 16 de fevereiro. É a primeira vez que os sigilos pessoais do ex-presidente são quebrados em uma investigação da Lava-Jato. O juiz autorizou a busca nos dados dos últimos cinco anos do petista.

Antes, o juiz já havia autorizado a quebra dos sigilos de LILS, que cuida dos contratos de eventos e palestras do ex-presidente, e do Instituto Lula. Os investigadores suspeitam que parte do dinheiro pago por empreiteiras ao Instituto Lula pode ter ido irregularmente.

A força tarefa da Operação Lava-Jato suspeita que o ex-presidente Lula tenha usado o instituto que leva seu nome para ocultar pagamentos aos filhos, ex-funcionários e colaboradores, com o intuito de lavar recursos oriundos de corrupção.

A polícia diz ter indícios de que estes pagamentos, na verdade, teriam o ex-presidente como beneficiário final. Por se tratar de entidade sem fins lucrativos, o instituto é isento de pagamento de impostos e, nessa condição, teria a obrigação de aplicar todos os recursos que recebeu em atividades relacionadas à missão da entidade.

No entanto, informações obtidas mediante a quebra de sigilo fiscal das empresas, e também do ex-presidente, apontam que parte dos recursos recebidos por meio de doação de empreiteiras foi transferido pelo instituto a empresas. Um exemplo é a G4 Entretenimento, que pertence ao filho do ex-presidente, Fábio Luis, e a Fernando Bittar, dono do sítio em Atibaia usado pelo ex-presidente, e que recebeu pouco mais de R$ 1 milhão do instituto.

No final de semana, o próprio Lula disse em discurso no ato de comemoração do aniversário do PT que tinha a informação de que teve os sigilos quebrados.


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