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Lula reclama de ‘perseguição política’ do MP a aliados

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BRASÍLIA – Em reunião na manhã desta quarta-feira na residência do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente Lula reclamou da atuação do Ministério Público na Operação Lava-Jato, dizendo que sofre “perseguição política” do MP. Ele disse que não era necessário tê-lo levado de forma coercitiva para depor e fez um desabafo dizendo que ele e a ex-primeira dama dona Marisa Letícia estão “tristes com a situação”. Durante o encontro, senadores do PT fizeram um apelo para que o ex-presidente aceite ser ministro para se proteger do juiz Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava-Jato.

— Lula falou que ele não se oporia a depor, mas que fizeram de tudo para colocá-lo na Lava-Jato. Ele falou um pouco mal do Ministério Público. Ele está triste, incomodado e disse que dona Marisa não está bem — relatou ao GLOBO um senador que pediu reserva.

A reunião que seria apenas com a cúpula do PMDB do Senado acabou ampliada incluindo outros partidos da base aliada, como PT, PCdoB e PDT. Com isso, segundo relatos de participantes, o encontro que ainda está acontecendo foi pouco objetivo quanto a discussão de uma estratégia para tentar conter o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso.

Lula, na primeira hora de reunião, fez um relato sobre o uso do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá, alvos de investigação. Segundo ele, não há nada de errado. Ele também fez referência às mais de 200 caixas de presentes que recebeu quando era presidente, dizendo que contêm desde relógios a bebidas. Contou que distribuiu em vários lugares para guardá-las porque são “trambolhos” que não cabem em sua casa e não tem onde armazenar.

O ex-presidente reclamou ainda que, quando tudo estava bem politicamente, não se questionava nada.

— Agora, tudo tem que ser explicado — disse Lula, segundo um participante do café da manhã.


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