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Lula pede ao Congresso seis meses de paciência

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SÃO PAULO – Em encontro organizado por centrais sindicais, na tarde desta quarta-feira em São Paulo, o ex-presidente Lula fez um apelo ao Congresso. Em discurso inflamado, disse que o Brasil será o “país da alegria” em seis meses se deputados e senadores tiverem paciência.

— Vou fazer um manifesto semana que vem para deputados e senadores: Deem para a gente seis meses de paciência que a gente vai provar que esse vai ser o país da alegria — disse ele, que também garantiu que não pretende desistir de sua participação no governo em razão de “meia dúzia de acusações”.

— Obviamente que se enganam aqueles que acham que eu sou contra o combate à corrupção. Se eu fosse, não teria criado as condições para melhorar a PF, para escolher o primeiro da lista do MP, para melhorar a CGU, para fazer a quantidade de leis, Portal da Transparência. Temos leis para o cara saber até o papel higiênico que a gente usa. Não tenho medo de combate à corrupção.

Com a nomeação para ministro da Casa Civil em análise judicial, Lula sentenciou:

— Se enganam aqueles que acham que eu só posso ajudar a Dilma se eu for ministro.

Os dirigentes e sindicalistas fizeram uma defesa da permanência de Dilma Rousseff na presidência da República e contra a retirada de direitos da classe trabalhadora, o que consideram como um “retrocesso”.

“Se o Congresso Nacional cassar o mandato da presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente pelo voto popular, centenas de projetos de lei que retiram direitos conquistados, podem ser votados imediatamente”, informava o comunicado que convida para a plenária.

A plenária foi organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Força Sindical, Nova Central e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CTB).

CRÍTICAS À LAVA-JATO

O ex-presidente Lula finalizou seu discurso com críticas à Lava-Jato. Apesar de falar que a operação é uma necessidade para o Brasil, o petista pediu aos sindicalistas para questionarem a força-tarefa e o juiz Sérgio Moro sobre o prejuízo da Lava-Jato à economia e sobre a possibilidade de combater a corrupção sem fechar as empresas. De acordo com Lula, o FMI afirmou que 2,5% da queda do PIB se deve “ao pânico criado na sociedade brasileira” pela operação.

– Quando isso terminar, você pode ter muita gente presa, mas pode ter muita gente desempregada nesse país. Vocês têm que procurar a Força Tarefa e perguntar se eles têm consciência do que está acontecendo nesse país – concluiu Lula.


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