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Líderes da oposição pedem prudência e dizem que lei vale para todos

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BRASÍLIA – Os líderes da oposição se manifestaram na manhã desta sexta-feira sobre a 24ª fase da Operação Lava-Jato, que teve com alvo o ex-presidente Lula. O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou que “os crimes cometidos à sombra do projeto de poder do PT finalmente estão vindo à luz”. Ele afirmou que o dia exige “coragem e serenidade.

“O avanço da Operação Lava Jato é um passo definitivo para que os brasileiros possam ter acesso a verdade que há muito tempo vem sendo sonegada ao país. O dia de hoje exigirá de todos nós coragem e serenidade. Os graves indícios de irregularidades e crimes cometidos à sombra do projeto de poder do PT finalmente estão vindo à luz. Vamos continuar apoiando as investigações. O Brasil merece conhecer a verdade”, disse o senador, por meio das redes sociais.

O líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM), disse que a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na nova fase da Operação Lava-Jato é uma demonstração de que a lei vale para todos e que os que forem culpados têm que pagar.

Por outra parte, o líder do DEM na Câmara disse que a ação da PF que tem Lula como alvo é uma demonstração de que a lei vale para todos e que os que forem culpados têm que pagar.

— A lei vale para todos! Lula não está acima dela! Ontem, Delcídio; hoje, Aletheia. A verdade sobre o PT e suas práticas nada republicanas estão vindo à tona. A corrupção e o desgoverno, marcas da gestão do PT, levaram o país ao desemprego, à inflação e à recessão. Os culpados têm de pagar. Os fatos apontam para dois nomes: Lula e Dilma — disse Avelino

Já o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que a oposição não deve “tripudiar” após a operação da PF que mira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O líder tucano defendeu o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara para tornar viável a convocação de novas eleições. Pela Constituição, caso a chapa Dilma Temer seja cassada o presidente da Câmara ocupa interinamente o comando do país.

— O presidente da Câmara não tem condições de governar o Brasil nem por 9 segundos, imagina por 90 dias, como prevê a Constituição. Por isso defendemos a sua renúncia ou o afastamento — disse Cássio.

— É um momento grave. Isso nos exige prudência e serenidade. Não é hora de tripudiar, nem sambar na cabeça de ninguém. Esse fato mostram a força das nossas instituições e que ninguém, nem mesmo um ex-presidente da República, está imune a uma investigação — disse Cunha Lima ao GLOBO.

O tucano afirmou que a ação amplifica ainda mais a crise e defendeu a realização de uma nova eleição para presidente da República diante da incapacidade de Dilma Rousseff exercer o cargo.

— A crise se aprofunda e nós temos um quadro de infecção generalizada. Quando a democracia está com infectada o único remédio é uma nova eleição. O TSE precisa aprofundar sua análise com celeridade — disse Cunha Lima.

O líder do PSDB está no Senado e aguarda a abertura da sessão para fazer um pronunciamento sobre o tema.

Ontem, com base nas informações sobre delação premiada do senador Delcídio Amaral publicadas pela revista “Isto É”, Avelino cobrou, no plenário da Câmara, que a presidente Dilma Rousseff renuncie ao mandato. A revista publicou ontem reportagem com detalhes sobre a suposta atuação da presidente e Lula para interferir na condução das investigações da Lava-Jato.

‘PERTO DO FIM’

O presidente do DEM, José Agripino, afirmou que com a operação “estamos chegando perto do fim”. “Tudo o que está acontecendo produz na sociedade um misto de tristeza e confiança no futuro. Tristeza nos que tiveram sua confiança traída, mas confiança renovada nas instituições que cumprem seu dever. Agora estamos chegando perto do fim”, disse Agripino, por meio de nota.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado, cobrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronuncie publicamente sobre as acusações.

— A condução coercitiva é uma prova que as instituições brasileiras, apesar das estocadas antirrepublicanas do Lula, da Dilma e do PT, funcionam plenamente. É a confirmação de que ninguém, absolutamente ninguém, está acima da lei. É a hora, finalmente, de o Lula falar e do seu Instituto se calar — disse Caiado.

O líder do PV no Senado, Alvaro Dias, afirmou que a operação desta sexta-feira reforça a sensação de que a corrupção não vai ficar impune. “É um momento grave, histórico, que mostra que a Justiça pode alcançar a todos, inclusive ex-presidente da República. E evidencia que a corrupção, por anos praticada nesse país, não vai ficar impune”.

Para o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), essa fase de operação Lava-Jato que entre outras coisas autorizou a condução coercitiva do ex-presidente Lula, mostra a força das instituições brasileira e representa o fim do projeto de governo do PT.

— A fase de hoje é o resultado de dois anos de investigações da Lava Jato, que trouxeram à luz a existência de uma organização criminosa que se utilizava da Petrobras e da estrutura do Estado para financiar o projeto de poder do PT e também para enriquecimento pessoal. O que estamos assistindo hoje é o começo do fim desse projeto — disse Imbassahy.

Para o líder tucano, os últimos acontecimentos reforçam o processo de impeachment de Dilma e as ações contra ela no TSE:

— O processo eleitoral foi violado. Todavia, isso não fere de morte a nossa democracia, a Constituição brasileira nos protege. Não há mais nem um fiapo de condições para que esse grupo, hoje liderado pela presidente Dilma, permaneça à frente do país.

POPULAÇÃO DEVE SE UNIR

O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), diz que o momento é grave e que a população deve se unir para ir às ruas defender a saída de Dilma do cargo.

— Dilma, Lula e o PT viraram caso de polícia. Ele e a presidente Dilma foram os maiores beneficiários do esquema de corrupção e, afinal, o país vê a Justiça chegando ao cerne de seu objetivo, que é desvendar as entranhas do petrolão — disse Bueno.

Pelo Twitter, o presidente nacional da legenda, Roberto Freire (SP), também conclamou a população a sair às ruas para se posicionar em defesa da investigação da Operação Lava Jato:

“A cidadania deve se mobilizar e se manifestar. Não aceitar provocações dos lulopetistas desesperados. Tranquila e pacificamente, mas com firmeza”.


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