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Jorge Viana diz que Dilma tem que tomar controle do processo e enviar PEC da eleição

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BRASÍLIA – O senador Jorge Viana (PT-AC) defendeu nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff assuma a frente política do movimento pela antecipação da eleição presidencial, como o GLOBO antecipou que a petista pretende fazer. Viana disse que seria um gesto de Dilma antes de ser afastada, afirmando que o afastamento deve ser aprovado e que a comissão especial é um “faz-de-conta”, porque já se saberia a posição dos votos. Viana ainda reagiu às críticas feitas às ações de Dilma que aumentam gastos. Para ele, Dilma não faz pauta-bomba.

— O ideal é que a presidente Dilma propusesse isso, a antecipação da eleição presidencial, e que houvesse um entendimento com o Congresso. O impeachment não é a solução para a crise. Nova eleição é a solução para pacificar o país — disse Viana.

O petista, que conversou sobre o assunto com o ex-presidente Lula na semana passada, admitiu que é preciso haver uma mudança da atual situação política para se aprovar uma PEC neste sentido. Ele reconheceu que nem mesmo os movimentos sociais apoiam essa iniciativa, Como o GLOBO antecipou, parte dos movimentos, como MST, é contra.

Viana criticou a postura do vice-presidente Michel Temer e ainda declarações do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que na semana passada já criticava a ideia de nova eleição. Para isso, Dilma e Temer teriam que renunciar.

Parte do PMDB se refere a essa ideia de “delírio”, lembrando que Dilma não obteve nem os votos suficientes para barrar o impeachment. Para se aprovar uma PEC, são necessários 3/5 dos votos (308 votos na Câmara e 49 no Senado), em duas votações em cada casa.

O raciocínio dos defensores da proposta é que Temer não conseguirá ter legitimidade para governo e que, diante disso, haverá uma pressão popular em alguns meses para a nova eleição.

— Temer e Jucá ficam falando que isso sim é golpe. É criminoso eles falarem isso — reagiu o petista.

Irritado, Viana ainda Dilma não faz pauta-bomba. Nesta segunda-feira, o governo aumento o IOF para dólar em espécie.

— Dilma não faz pauta-bomba, faz pauta que benéfica para o país. A pauta-bomba está por vir. Um governo ilegítimo de Temer, com Eduardo Cunha (presidente da Câmara) — atacou o senador petista.

CRÍTICAS DA OPOSIÇÃO

O presidente nacional do DEM e líder da oposição no Senado, José Agripino (RN), classificou a proposta de novas eleições como “melancólico fim de governo”.

“Suplementações de última hora, renúncia disfarçada de nova eleição, bondades antes negadas à classe média. Tudo para preencher o tempo de quem não tem mais o que fazer”, afirmou o senador, por meio de nota

Para aprovar a proposta de novas eleições, o governo precisa de 308 votos na Câmara e 49 votos no Senado, em duas votações em cada Casa.


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