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João Santana e mulher ficam em silêncio em depoimento à PF

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SÃO PAULO — O publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura, ficam calados em novo depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira. Os investigadores da Lava-Jato queriam saber sobre novos repasses feitos ao casal encontrados em planilhas apreendidas pela PF. É segunda vez que o casal presta depoimento desde que foi preso durante 23ª fase da Operação Lava Jato no dia 23 de fevereiro.

Além dos pagamentos no exterior, os dois receberam pelo menos US$ 7,5 milhões da Odebrecht e do operador de propina Zwi Skornicki em contas não declaradas, novas planilhas apreendidas pela PF com uma funcionária da Odebrecht apontam que a empreiteira pagou R$ 22,5 milhões a alguém com o codinome “Feira”, entre outubro de 2014 e maio de 2015. Para a PF, ficou evidente que “Feira” é um codinome usado para se referir ao casal.

As investigações apontam que o dinheiro pode ter sido usado para quitar dívidas de campanhas feitas no Brasil. A Lava-Jato afirma ainda que há indícios de que os recursos para pagar Santana foram desviados de contratos da Petrobras.

O primeiro que está sendo interrogado é publicitário baiano João Santana, que foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2006. No primeiro depoimento à PF, na semana passada, Santana não explicou as contas. Disse que toda movimentação financeira era feita por sua mulher.

Já Mônica Moura disse aos investigadores que Odebrecht usou caixa dois para pagar parte da campanha do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. Os pagamentos foram feitos através da mesma offshore que os investigadores da Lava-Jato dizem ter sido usada pela empresa para pagar propina aos ex-diretores da Petrobras. Os pagamentos não foram declarados Brasil e na Venezuela.

A mulher de Santana negou que o dinheiro tenha origem em contratos no Brasil. A publicitária informou que todos os valores depositados na conta da offshore Shellbill vieram de trabalhos do casal no exterior. Além da Venezuela, eles teriam recebidos na conta depósitos relativos à campanha do presidente da Angola, José Eduardo Santos, e do presidente da República Dominicana, Danilo Medina.


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