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‘Japonês da Federal’ vai para casa com tornozeleira eletrônica

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SÃO PAULO — O agente da Polícia Federal Newton Ishii, conhecido como o “Japonês da Federal”, vai para casa com tornozeleira eletrônica. Ishii, que estava preso desde terça-feira, em Curitiba, condenado por quatro anos e dois meses de prisão por facilitar a entrada de contrabando no país, poderá cumprir a pena em regime semiaberto harmonizado. O agente ficará em casa com algumas restrições determinadas pela Justiça, mas poderá continuar trabalhando na PF.

Conforme a decisão, o agente não poderá sair de Curitiba e Região Metropolitana sem a prévia autorização da Justiça. Deverá estar em casa entre 23h e 5h durante a semana e está impedido de sair nos fins de semana. A medida alternativa foi adotada, segundo a juíza Luciani de Lourdes Tesserolli Maronezi em virtude da falta de vagas no sistema penitenciário para o cumprimento do regime semiaberto tradicional.

O agente ficou conhecido pelo apelido por participar do cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Lava-Jato, sempre aparecendo em fotos ao lado de presos. Uma marchinha de carnaval chegou a ser composta em homenagem ao agente. Máscaras com seu rosto foram distribuídas em manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Na terça, depois de tomar conhecimento do pedido da Vara de Execuções Penais da Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no interior do Paraná. No mesmo dia, ele foi transferido para o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil do Paraná.

Em 2009, Ishii foi condenado a quatro anos e dois meses de prisão em regime semiaberto por sua participação no esquema de contrabando. Como já ficou quatro meses preso — ele teve a prisão preventiva decreta na época da Operação Sucuri —, o “Japonês da Federal” poderá passar para o regime aberto a partir de novembro. Isso se ele tiver bom comportamento na cadeia. Newtow já foi citado na Lava-Jato.

O agente apareceu na gravação que levou o ex-senador Delcídio do Amaral à prisão. Em um trecho do áudio, na conversa entre Bernardo Cerveró (filho de Nestor Cerveró) e o advogado Edson Ribeiro, Ishii é apontado como o responsável pelo vazamento de informações para a imprensa. Depois, em delação, Bernardo afirmou aos investigadores da Lava-jato que não tinha como provar nenhuma das informações feitas sobre Nestow. Ele disse que as declarações tiveram como base informações que ele lei na internet.


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