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Intelectuais de esquerda se reúnem em defesa de Lula na PUC-SP

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SÃO PAULO – Juristas, advogados e intelectuais da esquerda fizeram na noite desta quarta-feira, em São Paulo, um ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra atitudes tomadas pela Lava-Jato consideradas ameaças à democracia. Enquanto milhares de pessoas pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista, um grupo tomava a Rua Monte Alegre, na Zona Oeste, em frente a Pontifícia Universidade Católica (PUC) aos gritos de “Não vai ter golpe”, “Facistas não passarão” e “Lula, guerreiro do povo brasileiro”.

A Polícia Militar contabiliza cerca de 5 mil pessoas na Paulista, enquanto guardas civis municipais disseram que pelo menos 2 mil pessoas estiveram na PUC.

Um manifesto divulgado no ato criticava atitudes tomada pelo juiz Sérgio Moro, da 13.a Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba, como a condução coercitiva de Lula e o vazamento de uma conversa entre o ex-presidente e Dilma. O vazamento foi descrito pelo texto como uma violação ao Estado Democrático de Direito. Os discursos criticaram, ainda, a elite brasileira e a imprensa.

“Não se pode combater corrupção corrompendo a Constituição”, diz o manifesto. “O juiz Moro faz da exceção uma regra, convoca espetáculos escandalosos na imprensa.”

— A gente não pode entrar no ringue usando luva de seda e adversário luva profissional com ferradura dentro. O cavalo de pau que a Dilma deu convidando Lula para ir ao governo é o começo da virada. E eles sabem disso. Estão apavorados porque não esperavam que isso ia acontecer. Eles temem um projeto de nação que deu certo e tirou 40 milhões de pessoas da miséria – disse o cineasta Fernando Morais.

O jurista Fábio Konder Comparato comparou o momento atual com 1964, quando teve início a ditadura militar.

— Estamos vivendo doença grave como aquela de 64. Diante da doença, pular os sintomas e ver as causas. Primeiro, econômica, é uma crise do capitalismo. A segunda, é política. Um país que teve centenas de anos de escravidão não consegue respeitar os pobres.


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