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Instituições estão fragilizadas, diz cientista político

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SÃO PAULO — O cientista político Wagner de Melo Romão, professor da Unicamp, afirmou que a decisão de Waldir Maranhão (PP-MA) de anular a votação do impeachment demonstra que o Brasil está atravessando um momento de fragilidade das instituições e inconsistência nas deliberações, inclusive partidárias.

— Quando as instituições são fortes, os indivíduos não conseguem se sobrepor. Há inconsistência e irracionalidade no processo, um salve-se quem puder — afirmou o professor.

Para Romão, a situação é de estresse institucional entre os três poderes — Legislativo, Executivo e Judiciário —, com uma judicialização excessiva da política, decorrente da fragmentação dentro dos próprios partidos políticos.

— O Cunha (Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados) está fazendo escola, com postura personalista e autoritária.

Romão afirma que a situação é “esdrúxula” e que o Executivo não conseguiu estabelecer um processo de impeachment que possa ter curso independente do Judiciário. No caso do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, lembra o professor, não havia grupos contrários relevantes e, por este motivo, não houve discordâncias.


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